A Polícia Civil concedeu entrevista coletiva no início da tarde desta sexta-feira (08) no 7º Departamento de Policia Civil com a presença dos Delegados Flávio Destro, chefe do 7º DPC; Cleovaldo Marcos Pereira, titular da Delegacia Regional de Divinópolis, Marcelo Nunes, que conduziu o inquérito policial e titular da Delegacia de Homicídio, e os médicos legistas Lucas Henrique Oliveira Amaral, além de Marcell de Barros Duarte Pereira, Andressa Vinha Zauncio e o perito Carlos Eduardo Leal, para apresentar o laudo pericial sobre o caso da morte do segurança Edson Carlos Ribeiro, que sofreu agressão do Pedro Lacerda em uma festa no Parque de Exposições no dia 24/09. Depois de mais de 10 dias de diligências com cerca de 20 testemunhas sendo ouvidas, os peritos do Instituto Médico Legal (IML) da PCMG após profunda análise técnica concluíram que a morte do segurança Edson Carlos se deu em consequência de um mal súbito do coração, que de acordo com a perita Andressa Vinha, pode ter sido ou não em consequência da agressão de Pedro Lacerda.
Abertura da coletiva
O Delegado Flávio Destro abriu a coletiva com a sustentação de posicionamento da PCMG a respeito da condição de tratamento equivalente das vítimas e autores, independente das classes sociais, etnia, gênero, mobilização popular e quaisquer outros fatores. Flávio ressaltou que o papel do órgão não é condenar e nem julgar, mas sim apresentar os laudos e o inquérito ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o qual junto ao Ministério Público (que oferecerá a denúncia) são quem vão decidir o desfecho do caso. Ainda conforme destacou o delegado, a discussão não pode ser de cunho pessoal e que ataques às autoridades ou mesmo disseminação de rumores maliciosos na internet também se configuram crime.
Exame dos legistas
O médico-legista Marcell de Barros Duarte Pereira continuou a a explicação sobre a causa da morte e fez uma análise mais aprofundada do quadro clínico do Edson. De acordo com Marcell, foi dado uma atenção especial a parte de pescoço e do crânio, mas não foram encontradas lesões na traquéia como havia sido especulado e noticiado anteriormente pela mídia. Os ferimentos no entanto foram internos na parte frontal da face na altura da sobrancelha direita, parte posterior do crânio e sem feridas na pele. Segundo o médico, o dano mais importante só foi identificada após o auxílio do reflexo de uma luz especial.
Marcell relatou que depois de abrirem o tórax do corpo de Edson e retirarem o coração, verificaram que o órgão estava bem maior do que deveria estar e possuía dilatação no ventrículo esquerdo, o que, segundo o legista pode ter sido ocasionado devido a um mal súbito cardíaca acarretado pela situação a qual o segurança estava. O diagnóstico de cardiomiopatia hipertrófica foi apurado e checado pelo Instituto André Roquete, em Belo Horizonte. O médico reforçou que não havia lesões internas no crânio e nem no cérebro do paciente.
“Achismo não faz parte da Polícia Civil”, declara delegado
O delegado Marcelo Nunes, quem conduziu o inquérito policial e titular da Delegacia de Homicídio de início declarou que a PCMG não trabalha com achismo e que evitou emitir opiniões enquanto as investigações estavam em curso. Ele então reprisou a versão inicial da ratificação do boletim, o qual chegou como agressão corporal seguido de morte e que o o golpe na vítima teria sido com o uso de um soco inglês. No entanto, após dar andamento nas diligências e ter ouvido 20 testemunhas, apenas em uma oitiva, um segurança que também trabalhava no evento relatou ter visto a arma branca. Marcelo não constatou nas diligências a utilização do soco inglês e depôs a imprensa que é normal que no calor do momento as testemunhas possam ter se estressado e confundido. O delegado ressaltou que o que ouviu dos depoentes foi que ele estaria segurando uma bolsa e teria passado um celular para a namorada e pedido a mesma para que ela contatasse sua irmã, avisando do que estava se passando.
O delegado revelou na coletiva que depois de consultar os legistas constatou ainda que a vítima (Edson) era cardíaco e que fazia uso de medicamentos há pelo menos quatro anos. E que familiares do segurança também sofriam de problemas de coração – inclusive a mãe do vitimado. Marcelo afirmou que conversou com a esposa de Edson. Ela disse ao delegado que era casada com o segurança tinha 14 anos e que o conhecia há 25, mas não sabia da condição de saúde dele.
Marcelo também frisou que no entender dele seria “forçar demais” que houve homicídio, mas que o entendimento dele não quer dizer nada, pois, como destacou, quem irá definir isso é o titular da ação penal, o Ministério Público (MP), com as provas entregues ao órgão. “O MP pode solicitar outro inquérito com a colhida de novos elementos e assim o caso seguir ou não como agressão corporal seguida de morte. Pode dar curso como lesão leve a a pena na sentença ser mais branda. No entanto é cedo para saber a definição.”, afirmou.
Aproveitaram da desgraça pra fazer política
O delegado ponderou o caso como um fato muito triste. Marcelo disse ter ouvido da mãe desabafos, de que muitas pessoas teriam se aproveitado da morte de Edson para fazer campanha política em cima da desgraça ocorrida.
Experiência pericial demonstra e descarta o uso do soco inglês
O perito da Polícia Civil, Carlos Eduardo Leal preparou uma apresentação (confira ano vídeo ao final da reportagem) a qual fez o experimento técnico de um golpe dado com um soco sem o uso da arma branca e depois o mesmo soco com o soco inglês. Conforme demonstrou, os danos além de serem significamente maiores causam um impacto de até 7,5 vezes mais força, o que não bateu com o laudo repassado pela perícia policial.
Como fica a situação do Pedro Lacerda
Em razão dos fatos primários, Pedro Lacerda teve a prisão preventiva decretada pelo juiz da 2ª Vara Criminal, Mauro Riuji Yamane, um dia após o ocorrido, após uma audiência de custódia no Fórum de Divinópolis. O autor da agressão foi encaminhado ao Presídio Floramar, onde ainda se encontra.
Com a reviravolta no caso, o advogado de Pedro, William Gomes Melo solicitou a revisão da decisão na Justiça e pede a soltura do cliente, mas ainda aguarda o parecer do judiciário. O encaminhamento da denúncia e a sequência dos trâmites penais seguem a correr. Segundo os delegados, não está descartada a hipótese de denúncia por agressão leve, o que pode deixar a pena mais leve. O Divinews continua a acompanhar.
Com: Vinícius Xavier
Vídeo da coletiva registrada pelo Divinews
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Oooii então tem processar a empresa que o contratou, nao se pode ser seguranca com problema cardiaco. É foda esse país. Mas pela carinha do socador o socado seria o culpado.
Kkkkkkkktodo mundo ja sabia do resultado perícia. Gastaram tempo atoa. É geeeeeeeente tá difícil.
Kkkkkkkktodo muito do sabia do resultado perícia. Gastaram tempo atoa. É geeeeeeeente tá difícil.
Eu acho que aquilo daquele cara, que foi lá ontem, e depois de amanhã fez dois dias. E pronto falei
Essas balança de peritos estava incompleta, faltou um pizzaiolo…..
Aqui o sistema é diferente, onde o poste mija no cachorro.
Mal súbito proveniente do soco.
alguém duvidava que ia terminar em pizza? só falta escolherem o sabor.. eu confiava e defendia a pc..
Aí tem treta 🤔🤔🤔🤔🤔
Em consequência ou não? Gente faz vista grossa em relação ao mal súbito no coração mas é inevitável que foi em ação do agressor, Pedro Lacerda é um assassino isso a população já deu o veredito.!
Não é o Brasil que queremos, mais é o que vivemos.