O procedimento cirúrgico de castração de cães e gatos é um assunto importante que envolve a saúde do pet e a saúde pública. O último levantamento da Organização Mundial da Saúde indicou que o Brasil chegou a ter 30 milhões de animais abandonados nas ruas, em 2022. A preocupação no controle dessa população torna-se pública e a cirurgia do trato reprodutivo de cães e gatos é uma alternativa, inclusive disponibilizada com recursos públicos. Geralmente, no início do ano, as prefeituras divulgam o calendário de castração.
O médico-veterinário e professor do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Una Bom Despacho, Integrante do Ecossistema Ânima, Caio Augusto Leles Costa, esclarece que a cirurgia tem benefícios cientificamente comprovados. ”São vários pontos positivos, como evitar reproduções indesejadas ou perigosas, redução no desenvolvimento de doenças do trato reprodutivo como a Piometra, Tumor Venéreo Transmissível e outras doenças bacterianas e virais. A castração também reduz fugas para acasalamentos e consequentemente controle da população canina e felina”, explicou.
A cirurgia pode ser realizada em animais ainda bem jovens, entre quatro e seis meses, e eles tendem a ficar mais calmos e caseiros. Ainda segundo o médico-veterinário, os pontos negativos destas cirurgias são limitados, porém devem ser considerados. “Alguns animais podem apresentar ganho de peso devido à redução da atividade hormonal, incontinência urinária (mais observado nas fêmeas), obstruções do trato urinário (mais observado em gatos machos) e doenças articulares e de crescimento para os animais que são castrados muito jovens”, alerta.
Cirurgia
A técnica de castração dura em média 30 minutos. O profissional capacitado vai retirar as gônadas dos animais, local das células produtoras de hormônios sexuais. Nos machos, é feita a retirada dos testículos. Já nas fêmeas é necessário realizar uma incisão no abdômen para remoção do útero e dos ovários. A castração é um procedimento invasivo, por isso, o ambiente cirúrgico precisa estar adequado seguindo as normas de vigilância e os tutores devem seguir com os cuidados em casa. Com uma boa recuperação, o corte no animal possivelmente já estará cicatrizado até 10 dias após o procedimento. Durante o tempo de repouso, é indicado uso de roupa própria e um colar de proteção, chamado de elisabetano, para evitar que o pet lamba ou arranque os pontos.
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