Câmara de Divinópolis vota contrário ao relatório de cassação dos vereadores Kaboja e Print Júnior; Denúncia é arquivada

Aconteceu, na tarde desta segunda-feira (04), a leitura do relatório final da comissão processante que investiga os atos de corrupção supostamente exercidos por Rodrigo Kaboja (PSD) e Eduardo Print Júnior (PSDB). A sessão teve início às 13h e contou com a leitura do relatório finalizado pelo relator Zé Braz (PV), posicionamento dos vereadores Ana Paulo do Quintinho (PSC) e Edsom Sousa (CDN). Na votação de hoje, os vereadores decidiram pela não cassação de Eduardo Print Jr e Rodrigo Kaboja.

Antes do início das defesas, os vereadores possuíam até 15 minutos para argumentação dos seus posicionamento, porém, apenas Ana Paula do Quintinho (PSC), líder do governo na Câmara, e Edsom Sousa (CDN). A líder do governo foi clara ao dizer que votará juntamente com a decisão da comissão e também ao posicionamento do Ministério Público, que é pela cassação. Edsom diz que quem cometer crime deve pagar por isso, mas isso precisa ter provas. Disse ainda que também que a administração pública tem a liberdade de retomar toda e qualquer pauta para uma nova discussão, por isso, reforça que não há como aceitar a situação, pois, como pontou Cortez, Edsom também disse da irregularidade do depoimento prestado por Gleidson Azevedo.

Daniel cortez, advogado do vereador Rodrigo Kaboja, iniciou sua argumentação avaliando o maior erro cometido durante a apuação nas oitivas, ou seja, a oitiva por escrito realizada pelo prefeito de Divinópolis, Gleidson Azevedo. Segundo o advogado, é possível que todo o processo seja anulado, pois apenas “O Presidente e o Vice-Presidente da República, os presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal poderão optar pela prestação de depoimento por escrito […]”, como posto no parágrafo primeiro, do Artigo 221 do Decreto Lei nº 3.689 de 03 de outubro de 1941. Além disso, Daniel reforçou a ausência da Materialidade, no presente caso não existe prova material.

Eduardo Print Júnior esteve presente na sessão e trouxe a mãe para acompanhar a sessão, onde reforçou a sua importância na construção de caráter do vereador, segundo ele, ela foi a responsável em me ensinar como tratar as pessoas. Autorizados a terem acesso ao processo, Print questiona a agilidade dos vereadores na leitura do processo que possui cerca de 3 mil página. Isto é, o juiz liberou o acesso ao processo pelos vereadores, porém, todos tiveram apenas 48 horas para a leitura do relatório final, liberado na tarde da última sexta-feira (01). Para o vereador, a aprovação da cassação seria uma “sentença injusta, se votarem pela perda do meu direito, vocês não estarão consolidando a verdade e nem a justiça”. Print avaliou também que o processo teve tom politiqueiro e não houve provas apresentadas que comprovassem as denúncias contra ele.

Votaram contra o relatório para não cassar Kaboja

1. Edsom Sousa
2. Flávio Marra
3. Hilton de Aguiar
4. Israel da Farmácia
5. Rodyson do Zé Milton

Votaram a favor do relatório para cassar o vereador Kaboja

1. Ademir Silva
2. Ana Paula do Quintino
3. Anderson da Academia
4. Breno Júnior
5. César Tarzan
6. Lauro Capitão América
7. Ney Burguer
8. Roger Viegas
9. Piriquito Beleza
10. Wesley Jarbas
11. Zé Brás

Votaram contra o relatório para não cassar Print Junior

1. Ademir Silva
2. Edson Sousa
3. Flávio Marra
4. Hilton de Aguiar
5. Israel da Farmácia
6. Lauro Capitão América
7. Rodyson do Zé Milton

Votaram a favor do relatório para cassar o vereador Print Junior

1. Ana Paula do Quintino
2. Anderson da Academia
3. Breno Júnior
4. César Tarzan
5. Ney Burguer
6. Piriquito Beleza
7. Roger Viegas
8. Wesley Jarbas
9. Zé Brás