“Atualmente, nós somos 10, mas tem 180 pessoas na espera. Com apenas um caminhão de coleta seletiva, é difícil agregar essas pessoas”. É assim que o presidente da Associação de Coletores de Materiais Recicláveis de Divinópolis (Ascomare), Raimundo Nonato, explica a situação atual da associação responsável pela coleta de recicláveis na cidade. Conforme explica, a instituição tem capacidade de agregar todos os associados que aguardam na fila, porém, isso não acontece, pois a Prefeitura Municipal de Divinópolis cede apenas um caminhão de coleta seletiva, o que é insuficiente para manter até mesmo os coletores que estão atuando hoje na associação, que para se manterem, eles dependem também de doações de empresas.
Segundo o Atlas brasileiro de Reciclagem, com dados do acumulado de 2022, em Divinópolis foram reciclados 148,37 toneladas de plástico, 258,07 toneladas de metal e 51,07 toneladas de papelão, sendo que a Ascomare é a única instituição do tipo na cidade. Desta forma, o presidente reforça a importância da atuação em todos os bairros da cidade, “a prefeitura ajuda com um caminhão da coleta seletiva e o aluguel do galpão, também a água e luz, só isso que ela ajuda. Não tem verba para determinadas coisas não, só essa ajuda. Ela faz a coleta em 44 bairro da cidade, por isso nós estamos precisando de mais caminhões para poder fazer na cidade inteira”, explica Nonato sobre o papel do executivo municipal com a associação.
A expectativa é que novos caminhões possam ser cedidos pela Prefeitura, assim, os demais associados poderão atuar no trabalho. Entretanto, para que todos os 180 trabalhadores possam trabalhar, o presidente acredita que “uns cinco caminhões dariam para gente fazer a coleta seletiva na cidade inteira, nas comunidade e também agregar esses 180 catadores que estão na espera”, ainda reforça que “juntamente com as doações que estão vindo de das empresas, creio que esses 180 seriam bem remunerados, mas é preciso partir da prefeitura”.
Raimundo explica que os trabalhadores que estão esperando para trabalharem na associação estão cadastrados no CadÚnico e são amparadas pelo programa Bolsa Família enquanto aguardam a possibilidade de atuarem, pois para trabalharem, a associação necessita receber mais caminhões de coleta seletiva, “Um caminhão não dá para manter uma família. Então tem que ter vários caminhões. Fiquei sabendo também que a licitação foi ganha, agora só falta a prefeitura a colocar os caminhões nas rotas”. Além disso, a Ascomare também recebeu um caminhão através da Deputada Lohanna França (PV), porém, a liberação está dependendo do governo de Minas Gerais para chegar.
Parte da remuneração dos trabalhadores resulta da doação e da coleta seletiva feita pelo único caminhão cedido pelo município, assim, de acordo com informações, cada catador recebe mensalmente entre R$ 800 e um salário mínimo. De todo o valor arrecadado, 20% é retirado para as manutenções necessárias da instituição e os outros 80% são divididos entre os associados atuantes.
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A Prefeitura, na minha modesta opinião, não tem de fornecer caminhão para a associação. Se a associação quisesse realmente resolver o problema bastaria locar ou até mesmo adquirir, afinal de contas todo valor arrecadado com a reciclagem fica na associação., motivo pelo qual o poder público não tem que ceder equipamentos. Pojs se assim for vou estruturar uma associação e requerer a cessão de equipamentos para que a mesma possa fazer o trabalho.. Dinheiro público não é capim nem nasce em árvore para ser utilizado a esmo.