Uma velha cabana no meio da floresta, um grupo de amigos da faculdade e um assassino sedento por sangue. Quincy Carpenter é a única sobrevivente do massacre no Chalé Pine e não se lembra de quase nada do que aconteceu naquela noite sangrenta. “As sobreviventes”, de Riley Sager, é a minha dica de hoje no Café com Leitura.
Se você, assim como eu, simplesmente AMA um suspense e não consegue largar o livro até desvendar todo o mistério, “As sobreviventes”, de Riley Sager, vai te fisgar!
Quincy Carpenter se torna uma “Garota Remanescente”, como são chamadas meninas que sobreviveram de massacres, como Sam e Lisa. Embora nunca tenham se encontrado pessoalmente, as três garotas têm uma forte conexão, elas são sobreviventes.
Dez anos depois do ocorrido, Quincy mantém uma forte amizade com o policial que a encontrou correndo pela floresta coberta de sangue e tem nele uma espécie de amigo e guardião. A vida normal e previsível que Quincy construiu trabalhando no seu site de confeitaria e vivendo ao lado do namorado, Jeff, começa a desmoronar quando Sam bate à sua porta, um dia depois da morte misteriosa de Lisa.
A presença constante de Sam é uma visita ao passado esquecido, mas remexer nas memórias apagadas pode trazer consequências desastrosas. Lembrar detalhes da noite do massacre, além de reviver a dor, traz revelações que podem ser ainda mais assustadoras para Quincy. Muitas vezes, é melhor não lembrar….
Como em qualquer bom thriller psicológico, a autora explora as oscilações emocionais da protagonista para confundir o leitor, que acompanha os dilemas e transformações da personagem e seus conflitos internos Quincy luta para construir uma personalidade tranquila e levar uma vida normal, sempre à sombra de um passado obscuro que resolve ressurgir.
A leitura de “As sobreviventes” é viciante. A trama é muito bem desenvolvida e a autora vai deixando pistas que confundem até os mais atentos leitores. O clima de mistério e tensão é presente desde as primeiras páginas, mas a autora consegue entregar um desfecho sem nenhuma ponta solta, com um final realmente imprevisível.
Esse é o primeiro livro de Riley Sager que leio e já quero conhecer outros.
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