De acordo com informações publicadas nesta terça-feira (19) pelo Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram), a Prefeitura Municipal de Divinópolis, ignorou uma advertência expedida pelo Corpo de Bombeiros no dia 27 de janeiro desse ano alertando sobre os riscos de incêndio na subestação central de distribuição de energia elétrica, localizada no subsolo do Centro Administrativo na rua Paraná.
No dia 14 de novembro, o primeiro incidente de incêndio foi registrado, e a Prefeitura relatou que a pronta ação dos servidores com formação em brigada e dos profissionais do Corpo de Bombeiros controlou o fogo. Esse evento resultou na suspensão das atividades no Centro Administrativo por dois dias.
Em 30 de novembro, um segundo foco de incêndio ocorreu no mesmo local, levando novamente à suspensão das atividades no Centro Administrativo. Em comunicado oficial, em 1º de dezembro, a Prefeitura informou que, “após apurações iniciais realizadas pela equipe técnica e engenheiros da Prefeitura, foi constatado que o equipamento novo comprado no último dia 14/11 apresentou falha”.
O equipamento que apresentou falha já era um substituto ao primeiro gerador que incendiou no dia 14 de novembro, assim, apresentando falhas em duas semanas de uso. O Sindicado pontua que não foram fornecidos detalhes sobre o custo e o método de aquisição do gerador, e o Portal Transparência não contém informações sobre a compra do equipamento.
Irregularidade no Centro Administrativo de Divinópolis
Em publicação, o Sintram, esclarece que “vem monitorando a segurança no Centro Administrativo desde o ano passado. Os riscos da subestação de energia já haviam sido registrados pelo Sindicato”. Além disso, ainda informam que constataram que em novembro ainda não havia mangueiras de combate a incêndio nas áreas de risco.
O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais informou ao Sindicato que o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) é o certificado que atesta que a edificação possui todas as condições de segurança contra incêndio e pânico, previstas na legislação. Informa, ainda, que o auto de vistoria parcial é fornecido “na impossibilidade de liberação total das construções no mesmo lote”, o que é o caso do Centro Administrativo.
Em ofício-resposta encaminhado ao presidente do Sintram, a comandante do 10º Batalhão do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Amanda Cristina Miranda, esclarece que “estamos acompanhando a situação e que, durante as ocorrências, bem como durante a vistoria técnica que ensejou na multa [aplicada no dia 16 de novembro], não foi constatado risco iminente que justificasse a interdição do local”, relata a tenente-coronel.
Miranda ainda detalha sobre as novas vistorias que devem ocorrer na Prefeitura. “Em virtude de todos os atendimentos que realizamos no local (…) bem, como as sanções administrativas [multa], esclarecemos que iremos retornar ao estabelecimento para vistoriar, após as atualizações do projeto terem sido aprovadas perante as normas de segurança contra incêndio e pânico de Minas Gerais”, explica. Além disso, ela esclarece que “não havendo essa atualização [do Projeto de Segurança] e solicitação de vistoria”, o Corpo de Bombeiros deve retornar ao Centro Administrativo de Divinópolis logo “após o vencimento do prazo dado para a regularização, quando da aplicação da multa no dia 16 de novembro”. Marco Aurélio Gomes, presidente do Sintram, cobra uma solução urgente para a situação.
Imagem: Sintram
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Na verdade os servidores de carreira estão correndo risco desde o início desta desastrosa administração, estão a mercê de um sistema autoritário de uma jagunça e um jagunço….