Por Laiz Soares: Acordamos nessa quinta da pior maneira, notícia de guerra. Dentre os anúncios do ataque russo, o vídeo no qual ouvimos a sirene ensurdecedora enquanto a população de Kiev, capital da Ucrânia, tentava fugir, impactou todo o mundo. Sei que neste momento, mesmo longe da zona do conflito, ficamos confusos e assustados. Como isso nos afeta? Qual a gravidade desta guerra?
Digo algo muito importante a todos antes de qualquer explicação: é inadmissível minimizar a atrocidade de uma guerra, apenas nas primeiras horas do dia 63 pessoas foram mortas e seis aviões teriam sido abatidos no leste da Ucrânia. Nada justifica perder vidas e é inaceitável que aconteçam mortes pela falha de políticos que não resolveram suas questões com diplomacia.
Mas por que este conflito começou? O confronto entre Rússia e Ucrânia não é recente. Desde 1991, com a queda da União Soviética, os problemas começaram. O dilema ocorre porque Putin não considera a Ucrânia um país, mas sim uma parte da Rússia. Outro ponto do conflito está na união da Ucrânia a aliança militar internacional que apresenta 30 países-membros, entre eles: Estados Unidos, Espanha, Reino Unido e Canadá.
O ataque desta quinta (24), não é o primeiro, o início da invasão aconteceu em 2014 na Crimeia, a diferença deste ataque é a posição internacional no conflito. Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, assim como representantes de outros países, já apresentaram punições econômicas contra Putin.
Como ficamos no meio desta guerra? Ainda que o conflito seja distante, sentiremos as consequências da guerra. Dependendo do desdobramento os preços vão subir, e a inflação aumentar, um dos produtos que aumentará ainda mais será o petróleo. Mas além dele, nossa agropecuária também será afetada, pois a Rússia é o 10º maior parceiro comercial do Brasil e um dos principais produtos importados dos russos são insumos à produção de fertilizantes.
Neste momento, os posicionamentos de Bolsonaro guiarão o quão seremos afetados, a visita do presidente a Rússia já chamou atenção internacional e nos levou para o lado oposto da maioria dos países. É importante que nos mantenhamos atentos para as próximas decisões que serão tomadas, afinal não estamos ilesos aos efeitos dessa guerra.