O grupo brasileiros que estava refugiado em uma escola em Gaza deixou o local na manha deste sábado, (horário Brasil) em e já chegou a Khan Yunis, cidade ao sul da faixa, cumprindo assim a primeira etapa da fuga – O trajeto estava previsto anteriormente, mas bombardeios israelenses justamente sobre Khan Yunis fizeram o Itamaraty decidir esperar. As famílias estão hospedadas na casa de uma das famílias de brasileiros na região, que os irá acolher até haver a possibilidade de cruzar a fronteira para o Egito.
Os ataques aéreos ocorreram após o abrandamento do ultimato do ultimato dado na sexta (13) pelas IDF (Forças de Defesa de Israel) para a evacuação de todo território ao norte da capital de Gaza, incluindo a própria.
As IDF admitiram que o êxodo planejado, criticado pela ONU, era inexequível em apenas 24 horas. A medida abarca 1,1 milhão dos 2,3 milhões de moradores do local. Neste sábado, em uma postagem no X, o porta-militar Avichay Adraee disse que haveria duas rotas seguras para deixar Gaza, das 10h às 16h (4h às 10h em Brasília).
Segundo diplomatas, a tensão e angústia dos presentes estava altíssima, devido ao aumento dos sons de explosões na área da Rosay Sisters School.
O ultimato das IDF precede a operação terrestre para tentar destruir o Hamas, grupo palestino que cometeu o mega-ataque terrorista do sábado passado (7), o maior da história israelense, com 1.300 mortos. A entidade comanda Gaza desde 2007, quando expulsou rivais do Fatah, partido que domina a Cisjordânia e tem um acordo de paz com Israel.
Ao todo, há 28 pessoas sendo atendidas pelo Itamaraty na região: 22 brasileiros que se inscreveram para serem repatriados (16 na escola e 12, moradores de Khan Yunis), além de 3 imigrantes palestinos e 3 de seus familiares.
O Escritório de Representação do Brasil em Ramallah (Cisjordânia) fretou um ônibus para levar o grupo que está na Rosary Sisters School para Khan Yunis, que fica ao sul da zona do ultimato. O veículo chegou a ser carregado nesta manhã, antes do adiamento inicial.