Os três médicos foram atingidos no peito pelos disparos. Segundo perícia inicial, os corpos das vítimas têm marcas de perfuração na região toráxica.
A suspeita da polícia é de que, pelos ferimentos, os assassinos tenham mirado na região do coração das vítimas, reforçando a tese de que o caso foi uma execução. Apenas o laudo oficial, porém, poderá confirmar quantos disparos atingiram as vítimas. A necrópsia, no entanto, ficará em sigilo até a conclusão do caso. Os corpos estão no IML (Instituto Médico Legal) do Rio.
O médico que sobreviveu ao ataque, Daniel Sonnewend Proença, está internado no Hospital Municipal Lourenço Jorge, para onde foi levado após ser baleado. Ele foi atingido por disparos na perna. Segundo a Secretaria de Saúde do Rio, o estado de saúde dele é estável.
A Folha apurou que o médico teve um agravamento no quadro de saúde e passa por uma laparatomia exploratória para investigar uma possível hemorragia interna.
Ministério Público vai abrir inquérito
O procurador-geral de Justiça do estado, Luciano Mattos, determinou que o Ministério Público abra um inquérito sobre o caso imediatamente.
Em geral, a Promotoria abre as investigações após receber o inquérito da Polícia Civil. No entanto, o órgão também tem competência para investigar em paralelo à delegacia.
A determinação do procurador-geral do Rio foi feita ao Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Investigação Penal. O promotor que ficará responsável pela investigação ainda não foi escolhido.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, também classificou como execução o assassinato e diz que determinou que a Polícia Federal acompanhe as investigações, considerando que um deles era ligado a dois deputados federais.
O governador do Rio, Cláudio Castro (PL), postou em suas redes sociais que determinou o emprego de todos os recursos pela Polícia Civil do estado para a descoberta a autoria do crime.
Ele também afirmou que a Polícia Federal vai auxiliar na “busca pelos bandidos”, enquanto a polícia de São Paulo vai fornecer informações sobre as vítimas.
“Acabei de conversar com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e assumi o compromisso de dar uma pronta resposta sobre a autoria e motivação desse assassinato bárbaro, que tirou a vida de três médicos e feriu outro na Barra da Tijuca”, escreveu o governador do Rio.
Já o governador de SP, Tarcísio de Freitas (Republicanos), informou que a Polícia Civil de São Paulo está enviando uma equipe do DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa) ao Rio de Janeiro para auxiliar na investigação dos fatos.