“Estamos preparados para ver caminhões do Exército transportando corpos pelas ruas?”, perguntou Mandetta a Bolsonaro durante tensa reunião

Publicado por: Redação

Em uma tensa reunião realizada neste sábado (28), de acordo com o site do Estadão, o ministro Mandetta frisou para o presidente Bolsonaro que a pandemia de coronavírus não é uma “gripezinha”, e apresentou possíveis cenários para a doença no Brasil advertindo Bolsonaro e outros ministros que se morrerem mil pessoas, será o correspondente a queda de quatro Boings. A seguir teria perguntado “Estamos preparados para o pior cenário, com caminhões do Exército transportando corpos pelas ruas? E com transmissão ao vivo pela internet?

Conforme o Estado apurou, Mandetta fez um apelo para o presidente criar “um ambiente favorável” para um pacto entre União, Estados, municípios e setor privado para todos agirem em conjunto, unificar as regras e medidas e seguir sempre critérios científicos. Sugeriu, inclusive, a criação de uma central de equipamentos e pessoal, para possibilitar o remanejamento de leitos, respiradores e até médicos e enfermeiros de um Estado a outro, rapidamente, dependendo da demanda.

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O ministro também pediu ao presidente para não menosprezar a gravidade da situação nas suas manifestações públicas e, por exemplo, não insistir em ir a um metrô ou um ônibus em São Paulo, como chegou a aventar em entrevista coletiva. Mandetta deixou claro que, se o presidente fizesse isso, seria obrigado a criticá-lo. E Bolsonaro rebateu que, nesse caso, iria demiti-lo.

Ainda conforme fontes informaram ao Estado, Mandetta também disse que ele e sua equipe não vão pedir demissão no meio da crise, mas estão prontos a sair depois dela se for o caso. Ele, inclusive, se colocou à disposição para assumir a função de “bode expiatório”, em caso de fracasso, e se comprometeu a não capitalizar politicamente, em caso de sucesso. Disse que não tem ambições políticas nem reivindica nenhuma posição de destaque.

Apesar desses momentos mais tensos, ministros presentes consideraram que o resultado foi bom e que a reunião serviu como um “freio de arrumação”, até porque, de outro lado, todos, inclusive o próprio Mandetta, concordaram com a preocupação de Bolsonaro em preservar ao máximo a economia, o funcionamento dos transportes e da infraestrutura em geral.

Estavam presentes, além de Bolsonaro e Mandetta, os ministros Fernando Azevedo (Defesa), Sérgio Moro (Justiça), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria do Governo), Braga Neto (Casa Civil), Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) e André Mendonça (AGU) e Antônio Barra Torres (Anvisa). Um dos temas foi justamente o risco de uma enxurrada de ações na Justiça, com Estados, municípios e União questionando medidas uns dos outros.

Carreatas. Os que viram a entrevista coletiva de Mandetta com sua equipe, após a reunião com o presidente, disseram que, apesar de mais sutil, ou subliminar, ele basicamente repetiu o que disse no Palácio da Alvorada. Em ambas, defendeu a uniformização das medidas de isolamento, disse que alguns setores realmente precisam funcionar e que o vírus não apenas mata pessoas como afeta todo o sistema de uma País. Além disso, deu um freio na versão de que a hidroxicloroquina é uma “panaceia” e vai curar a doença a curto prazo.

Na coletiva, o ministro criticou as carreatas pela reabertura do comércio. Os atos foram defendidos por Bolsonaro, que chegou a compartilhar vídeos nas redes sociais. “Fazer movimento assimétrico de efeito manada… Daqui a duas semanas, três semanas, os que falam ‘vamos fazer carreata’, vão ser os mesmos que ficarão em casa. Não é hora”, disse Mandetta.

Na reunião de presidentes e primeiros-ministros do G-20 na quinta-feira, Bolsonaro falou com entusiasmo do uso do medicamento no combate ao coronavírus e dos prazos para a conclusão das pesquisas, mas Mandetta é bem mais cauteloso. “Estamos na pista, mas os estudos são muito incipientes”, disse o ministro.

Aliados de Mandetta no DEM e seus assessores na Saúde garantem que ele não será desleal, não pede demissão e sempre repete que não abandonará o barco em meio à tempestade, ou seja, quando a pandemia começa a entrar na sua fase mais crítica. Ontem, os mortos já chegaram a 114. Nesse momento, seu esforço é para ajustar o tom com o presidente, o ministro da Economia, Paulo Guedes, governadores e prefeitos.

 

Fonte; Estadão

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comentários

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  1. Cristina disse:

    Desce dai, se situa…a pandemia está no mundo inteiro, ou será que o mundo inteiro quer derrubar o seu mito? Acooorrda, sai desse transe!😂😂😂

  2. Eduardo Carvalho dos Santos disse:

    A esquerda divinews só pensa em atrapalhar.

  3. Ilacir Faria Silva disse:

    Infelizmente nós brasileiros temos um delinquente na cadeira de presidente querendo jogar para elite dizendo q podem reabrir os comércios empresas pq esta pandemia vai matar mais é pobres msm mais nunca esqueça q os pobres tem família tem sentimentos ñ nós podemos calar para o capitalismo eu quero q o Bolsonaro e seus fies seguidores gados aloprados vão PQP

  4. António Sousa Silva disse:

    É visível a torcida do editor Divinews para que a pandemia provoque dezenas de milhares de vítimas e o atual governo seja responsabilizado.
    É a mesma atuação da famigerada Globolixo!
    É a típica torcida dos esquedopatas e dos PTralhas, contra o Brasil!

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