Um helicóptero, que causou curiosidade por estar sobrevoando a área central de Divinópolis na manhã desta terça-feira (16), segundo informações obtidas pelo Divinews, estava jogando cinzas mortais de Vinicius Peçanha, em pontos específicos da cidade. Vinicius, um histórico da cidade, morreu na última quinta-feira (11), aos 81 anos – E diante do seu desejo, que a família atendeu, as cinzas foram jogadas em pontos especificos que fizeram parte da sua vida.
Nascido em 22 de janeiro de 1943, Vinícius Peçanha foi uma figura ilustre do município, advogado formado na primeira turma de Direito da Faculdade de Direito do Oeste de Minas (Fadom), administrador, ex-promotor de justiça, violinista, compositor, escritor, historiador e esportista.
Vinícius ocupava a cadeira 14 da Academia Divinopolitana de Letras, chegando a atuar como professor de música, de francês e até mesmo de capoeira. Ele teve um artigo publicado no jornal francês Le Monde e estudou, também, no observatório de astronomia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tendo como orientador o astrônomo Bernardo Riedel.
Estudou no conservatório de música do Rio de Janeiro e participou do festival da Canção, em 1967, no Maracanãzinho, onde várias de suas apresentações foram transmitidas pela TV Tupi e Itacolomi, além de ser homenageado com a medalha Candidés e com o troféu Estatus. Como compositor de samba enredo, foi o vencedor de várias edições no carnaval de rua de Divinópolis.
Algumas de suas obras são os CDs Missa Conga e Missa do Peão, além de mais de 100 composições com partituras de sua autoria. Como profundo apreciador e defensor da cultura e tradição mineira, foi responsável pela construção da réplica da Igrejinha do Rosário, na Praça do Mercado.
