Promotor diz que na investigação existem indícios da participação de outros vereadores de Divinópolis na prática de corrupção

Leandro Willi disse que não foram arrecadadas provas suficientes para o oferecimento de denúncia à outros vereadores; e que a prática de corrupção na Câmara era corriqueira

Publicado por: Redação

O promotor de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), e coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), Leandro Willi, na entrevista coletiva concedida nesta última segunda-feira (16), ao falar sobre o resultado das investigações do órgão ministerial, que resultaram no pedido à Justiça que o  vereador Eduardo Print Junior, fosse afastado do cargo, por quebra das medidas cautelares e da prorrogação do afastamento do vereador Rodrigo Kaboja, disse ainda que, a denúncia formulada inicialmente pela vice-prefeita, Janete Aparecida, ainda quando vereadora,  e o prefeito Gleidson Azevedo, apontou o envolvimento de outros vereadores, e que, embora existissem indícios, não foram arrecadadas provas suficientes para o oferecimento de denúncias contra eles à Justiça.

“Concluímos a investigação após 10 meses e comprovamos a prática sistemática de corrupção no âmbito da Câmara Municipal. Que consistia no recebimento de valores indevidos para aprovação de Projeto de Lei de zoneamento urbano. Era uma prática corriqueira, de longa data, que conseguimos provar com 10 meses de investigação”, explicou o promotor.

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O coordenador do GAECO, afirmou que a partir de então inicia-se a fase judicial, que é processual. Com o oferecimento da denúncia, os denunciados serão notificados para apresentarem defesa. A partir da apresentação de tal defesa, com o recebimento da denúncia, chega-se a instrução processual, que consiste em oitivas das testemunhas e do interrogatórios dos que estão sendo denunciados. Para só então ter a sentença judicial, condenando ou absolvendo os acusados.

“Eles poderão recorrer não só do afastamento do cargo, mas também de uma futura condenação”, concluiu Leandro Willi.

Na decisão da Justiça publicada em primeira mão pelo Divinews, o Juiz Mauro Riuji Yamane, da 2a Vara Criminal, determina que, conforme fundamentação ministerial,  dada a ausência de indícios de autoria em relação aos vereadores investigados, Hilton de Aguiar, Israel Mendonça, Rodyson Kristinamurti da Silva Oliveira, Roger Alisson Viegas Barbosa e Josafá Anderson, determina o arquivamento da denúncia.  E que, caso surjam novas provas e o crime não esteja prescrito, poderá haver o desarquivamento.

 

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