Cleitinho sinaliza que levará estilo populista teatral para o Senado com promessa de fiscalizar Lula; mas segue mudo diante de manifestações antidemocráticas

O senador eleito Cleitinho Azevedo fez mais um dos seus vídeos teatrais e caricatos. Ele se pronunciou a respeito da vitória de Lula e derrota de Jair Bolsonaro, de quem ele se aproximou durante a eleição, de olho nos votos dos bolsonaristas. Cleitinho disse que respeita a democracia, mas prometeu ser oposição ferrenha ao presidente petista. Disse que vai fiscalizar e, como se fosse o salvador da pátria, garantiu que não vai deixar o Brasil se transformar em uma Venezuela. Mas o novo senador de Minas fechou os olhos para os protestos ilegais, encabeçados inclusive por eleitores dele, e que impedem o trânsito nas rodovias do país – O senador recém eleito, se levar suas pautas e comportamentos que adotou em sua carreira em Minas, populista teatral, poderá passar a ser conhecido como Cleitinho Tiririca, salvado as devidas proporções, já que o deputado dono do nome, não foi circense no exercício do seus mandatos no Congresso, tal qual foi Cleitinho como vereador em Divinópolis e deputado estadual em Minas. 

Cleitinho começa o vídeo dizendo que tem visto muita gente dizer que “o crime compensa”, em alusão à vitória de Lula. E a resposta do senador eleito é enfática. “Não vai compensar mais não, porque vocês me colocaram como cidadão, e é minha obrigação fiscalizar e cobrar”. Ele se posiciona como se fosse um verdadeiro salvador da pátria, único defensor do país. “Você está achando que situações como essa eu vou deixar?”, questiona Cleitinho ao apontar para uma foto do discurso de Lula.

Cleitinho diz, ainda, que tem visto muita gente dizer que o Brasil vai se tornar uma Venezuela, uma marca registrada de discursos bolsonaristas. E o senador salvador da pátria bate no peito e, aos gritos, responde que “vai ter que passar por cima de mim”. E continua dizendo que “acabou a patifaria nesse país”. Cleitinho ainda agradece a Bolsonaro por, segundo ele, ter criado um exército de soldados no país. Ele diz que é um desses soldados e garante que vai lutar pelo Brasil. Para finalizar, ignorando o real resultado das urnas, Cleitinho manda um recado para os bolsonaristas e diz: “Acalmem-se. Os que estão com nós são maiores do que os que estão com eles. Nós somos a maioria e vamos para cima”. Ele ignorou completamente os movimentos ilegais que bloqueiam as estradas do país, com manifestações violentas, para protestar contra a vitória de Lula. Ao contrário do que se espera de um representante democrático, Cleitinho não pediu calma, nem tentou apaziguar a situação.

Em decorrência do acirramento da situação, com ânimos exaltados e situações de violência nas manifestações, a deputada estadual eleita Lohanna França encaminhou, nesta terça-feira, ofícios ao senador eleito Cleitinho e ao deputado federal reeleito Domingos Sávio. Ela pede, aos dois, “intervenção urgente junto às forças de segurança para encerrar os bloqueios que estão ocorrendo nas rodovias estaduais do Estado”. Lohanna aponta ainda que, “de acordo com a Polícia Rodoviária Federal há diversos pontos de interdição nas rodovias de Minas Gerais, inclusive bloqueando moradores de bairros mais afastados a terem acesso ao centro de Divinópolis”. A deputada estadual eleita espera que Cleitinho e Domingos Sávio, aliados de Bolsonaro, atuem para tentar apaziguar a situação junto aos bolsonaristas, para encerrar as manifestações e apaziguar os ânimos.

Brasil vai virar Venezuela

Bate no peito

Aos gritos

“Vai ter que passar por cima de mim”

“Acabou a patifaria nesse país”

Bolsonaro fez vários soldados

“Acalme-se, o que estão com nós são maiores do que estão com eles. Nós somos a maioria e vamos pra cima”

EM TEMPO Em entrevista nesta terça-feira (08) ao Jornal Estado de Minas (EM) ao ser perguntado se ele iria em Brasília, o senador recém eleito, respondeu que sim, mas sequer sabia explicar direito o que ia fazer lá. Disse que ia visitar um Ministério, mas não sabia qual, e que superficialmente iria falar sobre….. Aí recorreu aos assessores. “Foram eles que marcaram a agenda….” – Toda suas respostas foram os já batidos jargões. Não conseguiu criar uma linha linear de pensamento lógico que ele conseguisse explicar como será sua atuação. Só falou, falou, falou que vai fiscalizar, fiscalizar, fiscalizar. E novamente atacou os políticos que se ele não fosse. (Em breve no Divinews)