“Pareceu que o sofá estava andando”; “pensei que estivesse tonto”, contam assustados moradores da área de abalos sísmico em Divinópolis (imagens)

Publicado por: Redação

Para entender melhor os sentimentos que os abalos sísmicos, que tem atormentado e assustado a população de Divinópolis, o Divinews se deslocou até alguns bairros próximos dos epicentros, para ouvir os moradores, sobre o que eles sentiram durante os tremores registrados na cidade desde a última segunda-feira (10). Falamos com uma moradora de nome Adriana, do bairro Candidés e outra do Jardim Floramar, sendo a primeira proprietária de uma mercearia, que relatou o que sentiu. O fato é que estão todos assustados demais com os terremotos de baixa intensidade. O maior registrado foi de 3.0. Contudo, o Centro Sismológico da USP contabilizar 13 tremores. Somente no último sábado foram seis, e ontem, domingo (16), mais dois.

 

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“A gente escutou um estrondo. Espécie de um trovão forte de o solo tremeu. A gente ficou assustado. Mas não foi nada de mexida com objetos, não. Foi o solo mesmo que a gente sentiu.”, relatou.

Perguntada se os vizinhos sentiram algo, ela conta que a vizinhança se manifestou em grupos de Whatsapp e especularam as causas do tremor.

“Todos no grupo comentaram. Cada um tinha uma teoria do quê podia estar acontecendo. E foi isso mesmo. A gente ficou na curiosidade do que realmente aconteceu. As teorias foram várias. Que caiu torre. Coisa assim. A barragem podia ter cedido, que estavam falando que é a barragem de Cajuru. Mas até então… muita gente perguntando se a gente sentiu o tremor. Realmente sentimos. Mas foi rápido.”, contou.

Adriana conclui. “Deu medo. Vontade de sair correndo para longe. No momento estava eu, meu esposo e meu filho em casa. Depois disso houve os comentários nas redes sociais. Alguém falou comigo que a imprensa já estava falando. Vários bairros aqui próximos. Aí teve até um assunto, que uma empresa no Icaraí estava toda apagada. Que poderia ter acontecido alguma explosão ali. Mas até então a gente não sabe de nada, do quê que aconteceu. No momento eu estava dentro de casa. Meu esposo saiu pra ver o que estava acontecendo.”, concluiu o depoimento.

Jà Nilton, um dos moradores do bairro Floramar, local onde foi o epicentro do abalo sísmico, conta o que sentiu no momento dos tremores. “Minha esposa estava trabalhando, eu estava em casa. Aí deu um estrondo bem alto e minha casa abalou. O chão abalou. E no abalar, eu tive um susto muito grande. Aí até liguei pro meu filho e ele me falou assim ‘isso não é normal, não’. Aí, por aí passou. Mas foi um susto muito grande.”, narrou o morador.

“O tremor foi forte.”, complementou, Nilton, ao ser perguntado sobre intensidade e tempo de duração do tremor.

“Tiveram em outros bairros também. Meu filho mora lá no Jardim Candides. Atingiu lá também. Falaram do bairro Icaraí também.”, completou o morador, a respeito de outros locais próximos onde o abalo sísmico foi relatado e sentido.

A esposa de Nilton, Dona Neide destaca que na casa dos filhos, eles sentiram os móveis ‘andar’, de tanto que tremeram. “Meu filho falou que estava sentado no sofá e disse ele que parece que o sofá estava ‘andando’. Tremeu. Foi um tremor. Um barulho e um tremor.”, destacou.

Seu Nilton afirma que o som foi muito esquisito e revela ter se sentido apreensivo. “Foi um barulho feio. Eu assustei na hora. Eu dobrei o joelho no chão na hora e chamei por Deus. ‘Quê que tá acontecendo, meu Deus?’. Eu levei um baita de um susto. Fiquei com medo. Foi uma coisa horrível.”, revelou.

O morador conta que não teve notícias sobre o que os vizinhos sentiram. “Não, dos vizinhos aqui eu não ouvi falar nada. Só que eu ouvi. Liguei para o meu filho e ele confirmou. ‘Aqui também aconteceu o mesmo’.”, contou o morador.

Ao ser indagado sobre a que ele atribui como motivo do tremor, o morador acha ter sido dentro das dependências da MBL, porém essa hipótese foi descarada pela empresa, na última terça-feira (11). “Eu tenho uma impressão que isso aconteceu aqui numa pedreira que tem ao lado do Gafanhoto. Se não foi lá, é uma coisa estranha.”, atribuiu.

“Deu medo. Não, não quero passar por isso mais não. Pedir a Deus que continue tudo bem.”, concluiu Nilton, ao lado de sua esposa, Dona Neide.

Enquanto outros dois moradores, que por timidez não quiseram aparecer, um contou que os pratos e talheres faziam barulhos como se tivesse alguém mexendo na louça, e outro até mesmo suspeitou que estivesse tonto demais, já que tinha tomado uma cervejas.

 

 

Com: Vinícius Xavier

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