Sismólogo da USP diz que sucessivos tremores de terra em Divinópolis não são exceção; Moradores de Montes Claros tiveram que aprender a conviver com eles durante três anos

Publicado por: Redação

A estação de monitoramento sismológico da Universidade de São Paulo (USP) registou na tarde desta terça-feira (18) dois novos tremores de terra em Divinópolis. Com os registros de hoje, sobe para 19 o número de abalos em um período de oito dias. Segundo a USP o 18º tremor foi registado às 09h02 atingindo 2,9 pontos na Escala Richter e o 19º às 12h36 alcançando 2,4 pontos.

Apesar do excesso de tremores, o sismólogo da USP, Bruno Colaço, conta já ter recebido 500 relatos de moradores de Divinópolis e que nenhum aponta para danos em construções ou ocorrências mais graves. A explicação está no fato de os abalos registrarem baixa magnitude.

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“As magnitudes baixas como as que estão ocorrendo, dificilmente vão causar algum problema mais grave”, ele ainda afirma, “mas se notarem rachaduras, quedas de telhas, o melhor a fazer é informar as autoridades.”

Sucessivos tremores de terra como os registrados em Divinópolis não é uma exceção à regra. Em Montes Claros, no norte de Minas, moradores tiveram que aprender a conviver com os tremores depois de a cidade registrar uma onda de abalos em 2011, 2012 e 2013. O maior deles ocorreu em 19 de maio de 2012 e alcançou 4,2 graus na escala Richter. Pelo menos 60 casas foram atingidas, oito delas foram interditadas.

Estudos realizados pelo Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade de São Paulo (USP) apontaram uma falha geológica de 2km de extensão a uma profundidade de 1 a 2 quilômetros. A falha fica próxima a área urbana do município de Montes Claros.

ESTUDOS

Na quinta-feira (13) quando o segundo tremor foi sentido pelos moradores de Divinópolis, a Prefeitura Municipal entrou em contato com a Universidade de São Paulo pedindo explicações sobre o ocorrido. Em parceria  com a Universidade a Prefeitura lançou uma campanha incentivando relatos dos morados no site do Centro Sismológico para a produção de um relatório sobre as ocorrências.

“O Centro de Sismologia está trabalhando para produzir um relatório mais completo sobre as ocorrências. Estamos processando os dados das estações e também cada relato recebido. Assim que estiver finalizado vai ser disponibilizado para as autoridades e público em geral. Mas adianto que apesar do desconforto, casos como esses são relativamente comuns e poderiam ocorrer em qualquer parte do país”, afirmou Bruno Collaço.

Ainda de acordo com o sismólogo, até o final da semana o relatório deverá ser disponibilizado.

PREFEITURA

Segundo a assessoria da Prefeitura a Administração Municipal ainda não tem detalhes sobre os tremores, nem mesmo as possíveis causas, mas salienta estar em contato com a USP negociando a vinda de uma equipe para a realização de um estudo detalhado.

A Prefeitura afirma ainda que nenhuma ocorrência foi registrada pela Defesa Civil, somente ligações de moradores em busca de informações. A Defesa Civil esteve nos bairros próximos de onde ocorrem os epicentros, porém para vistoria de imóveis em decorrência de danos causados pelas chuvas.

Em relação aos tremores, a Administração afirma não poder fazer nada a não ser orientar a população até que o estudo completo seja feito na região. O estado de alerta para possíveis ocorrências é defendido pela Prefeitura e, em caso de avaria de imóveis a orientação é acionar a Defesa Civil pelo telefone 199 e deixar o local imediatamente.

Segunda-feira (10/01)
20h13/3,0

quinta-feira (13/01)
15h25/2,8
15h32/2,9
19h30/1,8

Sexta-feira (14-01)
23h52/2,0
00h04/1,6
18h04/2,2

Sábado (15/01)
23h07/1,9
04h39/1,6
04h45/2,4
06h34/1,8
08h38/2,1
10h23/2,4
10h26/1,9
19h23/1,9

Domingo (16/01)
04h24/1,6
08h43/1,7

Terça-feira (18/01)
09h02/2,9
12h36/2,4

Bahia – Jacobina

Pelo menos 16 tremores de terra foram registrados na cidade de Jacobina, no centro-norte da Bahia, entre os dias 9 e 14 de janeiro – Os tremores foram registrados pelas estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) operadas pelo Laboratório Sismológico da UFRN, que monitora a sismicidade no nordeste do Brasil com apoio da Defesa Civil e de outros parceiros.

De acordo com o levantamento do Labsis, o maior evento teve magnitude 2,4 mR, considerada baixa, e foi registrado na noite do dia 12. Há relatos de que este evento foi sentido pela população local.

09/01/2022 – 20h51 – Mag. 2.1
09/01/2022 – 20h54 – Mag. 2.0
12/01/2022 – 04h27 – Mag 1.8
12/01/2022 – 19h51 – Mag 1.8
12/01/2022 – 20h18 – Mag 1.5
12/01/2022 – 21h28 – Mag 1.7
12/01/2022 – 21h30 – Mag 1.1
12/01/2022 – 21h33 – Mag 1.7
12/01/2022 – 21h36 – Mag 2.4
12/01/2022 – 21h43 – Mag 1.4
12/01/2022 – 22h08 – Mag 1.4
12/01/2022 – 22h28 – Mag 1.1
13/01/2022 – 22h31 – Mag 1.1
13/01/2022 – 22h38 – Mag 1.1
14/01/2022 – 02h23 – Mag 1.1
14/01/2022 – 06h06 – Mag 1.1

 

Por: Diego Henrique de Oliveira

 

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comentários

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  1. Anônimo disse:

    kkkkkkkk Se o Bolsanaro, fala que teremos que conviver com esses tremores kkkkkkk

  2. anonimo disse:

    Tao errados pode vir coisa pior ai

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