A Polícia Federal entrou com um pedido de prisão contra o padre Robson de Oliveira, investigado por desviar R$ 100 milhões doados pelos fiéis, dinheiro que deveria ter sido usado para a construção da nova Basílica de Trindade (GO). O pleito dos investigadores deverá ser julgado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) até segunda-feira (22/11).
O advogado do religioso, Cléber Lopes se disse surpreso com o pedido de prisão dos investigadores, uma vez que os fatos reportados no pedido de prisão são de 2019, não havendo nenhuma novidade que justifique o pedido de prisão. “Pela experiência que temos, o STJ vai indeferir esse pedido, tanto que não estamos, nem sequer, preparando o Habeas Corpus preventivo. Confiamos no senso de justiça do STJ. Mas, caso sejamos surpreendidos com o deferimento da medida, entraremos com habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF)”, antecipou.
A Operação Vendilhões teve início após o religioso denunciar que estava sendo vítima de extorsão após hackers terem descoberto um suposto relacionamento amoroso dele. Ao todo, o religioso teria desembolsado R$2,9 milhões para os chantagistas, dinheiro que, segundo o MPGO, saiu dos cofres da Afipe.
Com a operação, cinco possíveis crimes foram investigados: apropriação indébita, falsificação de documentos, organização criminosa, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços diferentes, todos ligados ao sacerdote. Apesar disso, o processo foi bloqueado pela justiça.