Secretário de Saúde de Divinópolis diz que cidade está próxima de impor toque de recolher e funcionar somente os serviços essências próprios da ONDA ROXA

O secretário de Saúde de Divinópolis, Alan Rodrigo, em coletiva de imprensa confirmou as informações que nos últimos dias estão sendo divulgadas continuamente, da gravidade da situação da pandemia, que a cidade está próxima de um colapso na rede pública, contudo, a decisão de restrições não será tomada isoladamente pela administração municipal e sim por meio do Governo do Estado, pelo Programa Minas Consciente, com a implantação da ONDA ROXA. Explicou não ser possível que municípios vizinhos estejam em ondas diferentes, já que a rede de saúde é interligada e integrada.  

Diferentemente do que alguns veículos de comunicação têm divulgado que a ocupação total dos leitos é de 100%, Alan explicou que a UPA Padre está somente a enfermaria da UPA está com 100% de ocupação, enquanto os 25 leitos de CTI Adulto, 17 estão com pacientes, e 8 estavam livres até o momento da entrevista coletiva que foi na tarde desta última quarta-feira. O secretário seguiu informando que dos 17, apenas 3 são de Divinópolis os outros 14 são de outras cidades e mesmo de outras regiões que não pertencem a Macrorregião Oeste. A ocupação da enfermaria infantil é de 50%, ou seja existem 8 leitos ocupados e 8 livres.

Sobre a macrorregião Oeste, a qual pertence Divinópolis, de acordo com o secretário está com 94% de ocupação dos leitos de enfermaria e de 85% dos leitos de CTI, reservados para Covid-19, ocupados.

Quanto ao São João de Deus o Divinews obteve as seguintes informações, que a ocupação no CTI Covid SUS ADULTO e CTI Covid SUS INFANTIL  ambos tem realmente o índice de 100%; Enquanto a enfermaria SUS COVID dos 36 leitos existentes, 28 estão ocupados, ou seja o índice é de 77,78% – A situação na Saúde Suplementar, o atendimento através dos planos de saúde, é a seguinte: 50% no CTI COVID, dos 20 leitos, 10 estão ocupados; Contudo, no CTI INFANTIL, a ocupação é de 150%, dos 2 leitos existentes a ocupação é de 3 leitos.

Na ONDA ROXA, além da restrição de funcionamento das empresas já que só é permitido o funcionamento de serviços essenciais e a circulação de pessoas fica limitada aos funcionários desses estabelecimentos. Existe também o toque de recolher entre as 20 horas e 5 horas da manhã, e o deslocamento para qualquer outra razão deverá ser justificado e a fiscalização será feita com o apoio da Polícia Militar.

São considerados serviços essenciais em Minas:

• Alimentos, Agropecuária e Agroindústria (excluídos bares e restaurantes);
• Serviços de Saúde (atendimento, indústrias, veterinárias, etc);
• Bancos e seguros;
• Transporte público;
• Energia, gás, petróleo, combustíveis e derivados;
• Manutenção de equipamentos e veículos;
• Construção civil;
• Indústrias (apenas da cadeia de Atividades Essenciais);
• Lavanderias;
• Imprensa;
• Serviços de TI, dados, imprensa e comunicação;
• Serviços de interesse público (água, esgoto, funerário, correios etc.).

Protocolos

Conforme a decisão, as atividades essenciais na onda roxa deverão seguir rigorosamente os protocolos sanitários disponíveis no plano Minas Consciente. Os serviços não essenciais poderão funcionar sem atendimento ao público, em sistema de delivery e venda on-line, respeitando o limite de horário do toque de recolher. As pessoas que estiverem deslocando para o trabalho, em serviços essenciais, deverão portar carteira de trabalho ou funcional ou crachá ou contrato de trabalho ou qualquer outro documento idôneo que justifique o vínculo profissional.

A comprovação para outros deslocamentos não essenciais se dará através de documento de identidade oficial com foto e autodeclaração para deslocamento durante a quarentena, que não precisa ser impressa. O comprovante poderá ser apresentado pelo celular, ou por qualquer equipamento eletrônico que se conecte à internet, para confirmar a necessidade do deslocamento.

Fiscalização

A fiscalização será feita com o apoio da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, em conjunto com os municípios envolvidos. As gestões municipais deverão, através de seus órgãos de segurança pública, trânsito e/ou fiscalização, atuar de forma conjunta, visando ao cumprimento das medidas postas.