Em meio ao caos da saúde pública em Minas, potencializada ainda mais em Divinópolis, começaram as negociações entre o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Ampliada Oeste (CIS-URG) e a Prefeitura de Divinópolis, para que a Unidade de Pronto Atendimento – UPA Padre Roberto Cordeiro, passe a ser administrada pelo consórcio, que é composto por diversos municípios. O anúncio foi feito nesta última quarta-feira (08), pela secretária de saúde, Sheila Salvino, durante a reunião online do Conselho Municipal de Saúde (CMS), e confirmada na manhã desta quinta-feira, (09) por José Márcio Zanardi, secretário Executivo do CIS-URG – A proposta partiu inicialmente de Rodyson do Ze Milton na ultima semana, durante pronunciamento na Câmara de Vereadores.
Zé Márcio, explicou que o prefeito de Divinópolis, Gleidson Azevedo, solicitou ao prefeito de Itaguara, Geraldo Doninzete, que é presidente do CIS-URG, para que o consórcio assumisse a gestão da UPA, diante das dificuldades que Divinópolis tem passado diante da problemática da gestão da UPA. A decisão ocorrerá em uma Assembleia a ser realizada na próxima segunda-feira (13) – A expectativa de presença é que compareçam entre 13 e 16 prefeitos.
Na reunião do CMS, a Secretária, falou que o assunto será apresentado aos prefeitos que integram o consórcio já na próxima semana. Sheila também reafirmou o que já havia sido dito pelo vereador Rodyson na Tribuna da Câmara ao dizer que o modelo de gestão por Organização Social não tem se mostrado eficiente. A IBRAP é a terceira empresa a gerir a unidade, anteriormente foi o IBDS, e antes a Santa Casa de Formiga.
Ressalte-se que a situação de emergência em Divinópolis foi decretada devido ao aumento exponencial de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que tem sobrecarregado o sistema de saúde local, levando os índices de superlotação a atingirem até 300% da capacidade ordinária. Apenas no mês de abril de 2024, foram realizados mais de 2400 atendimentos de crianças de 0 a 14 anos na UPA, com a ocorrência de duas mortes.
A questão da crise na saúde não é exclusividade de Divinópolis nem foi potencializada por aqui, queiram ou não.
É um problema nacional e, em princípio, com uma solução não muito simples.
O que ocorre é que todas as cidades polo, como Divinópolis e algumas outras, são sobrecarregadas por pacientes de outras cidades que não têm recursos, às vezes sequer possuem hospitais. Quanto maior a cidade maiores são os problemas.
É preciso união para que soluções definitivas sejam encontradas. E criticar como a mídia adora fazer, sem apresentar proposta nenhuma, não ajuda em nada. Fica só no oba oba. Se o SAMU tem estrutura e capacidade para assumir a gestão, então que assuma.