No mês da consciência negra, ‘Café com Leitura’ indica o livro “O sol é para todos”

Publicado por: Redação

Para fechar o mês da Consciência Negra, Gra Castro, no ‘Café com Leitura’ traz o livro “O sol é para todos”, de Harper Lee, publicação que foi eleita o melhor romance do século XX e aborda temas como racismo e injustiça social através do olhar de uma criança.

Scout é uma menina de 7 anos, filha do advogado Atticus Finch que, na provinciana Maycomb, município do estado do Alabama, no início dos anos 1930, ousou defender um homem negro que fora acusado de estuprar uma mulher branca, embora as circunstâncias não o apontassem como principal suspeito, a não ser a cor de sua pele.

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O transcorrer da vida em Maycomb, através do olhar ingênuo de Scout, deixa evidente o lugar e os papeis que são socialmente ocupados por brancos e negros. Uma realidade marcada pelas injustiças sociais e questionada pela curiosa e atenta Scout, ao lado do irmão, Jem, 4 anos mais velho, e do amigo Dill.

A vida da família se transforma quando o honrado Atticus desafia a sociedade ao se esforçar para defender um negro. Scout e Jem sentem o peso do preconceito e não entendem como a cor da pele pode ser tão determinante para a vida de uma pessoa.
O sol é para todos é um livro de gente grande narrado por uma criança. A ingenuidade dos questionamentos de Scout e a capacidade de enxergar beleza e esperança em meio às injustiças e intolerância tornam o livro uma obra prima.

A escrita de Harper Lee é primorosa e conseguimos até mesmo ouvir a voz infantil, doce e sapeca da pequena narradora. Os personagens secundários são também muito bem construídos e o resultado são diálogos saborosos. Apesar da névoa predominante do racismo, Scout e sua família são fortalecidos por laços sinceros de amizade que tornam a luta de Atticus por justiça mais leve e fortalecida.

Um clássico atemporal, “O sol é para todos” foi publicado em 1960 e continua atual, tratando a crueza humana, o racismo e conformismo perante as desigualdades, com honestidade e coragem. A obra é um retrato dos Estados Unidos na década de 1930, mas poderiam muito bem ser o Brasil de hoje. Enquanto essa for a realidade do mundo, o Novembro Negro é necessário.

Para mais conteúdos literários, siga meu perfil no instagram @graciellepcastro. Abraços e bom domingo.

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