NUNCA FOI CONTRA CORRUPÇÃO! Denúncia de Gleidson ao MP foi política; agora quer salvar outros quatro vereadores, com “fortes indícios”

Publicado por: Redação

Não é segredo para ninguém que o prefeito Gleidson e o clã sempre demonstraram só estarem preocupados em construir as alianças que lhes convém. Afinal, para se manterem no poder vale tudo e todos os conchavos possíveis, até mesmo os inimagináveis, e nada republicanos. Só quem conhece o submundo da política e as tratativas e conchavos com vista ao futuro, tem noção do “vale tudo” que está posto em diversos níveis dos poderes instituídos. Os últimos acontecimentos envolvendo os vereadores Eduardo Print Junior e Rodrigo Kaboja, acusados da prática de corrupção, é prova desse jogo. O fato é que o clã político, agora já enraizado em Divinópolis, segundo fonte de informação do Divinews, está se movimentando nos bastidores da Câmara para tentar salvar, senão todos, alguns, os mais chegados, que são alvos do primeiro pedido protocolado na Câmara, da admissibilidade de investigação por suspeita de corrupção, envolvendo os vereadores Hilton de Aguiar, Josafá Anderson, Rodyson do Zé Milton e Israel da Farmácia.

Pelo fato de que nesta próxima quinta-feira, 23/11, deve ocorrer, na Câmara Municipal, a votação da admissibilidade de investigação sobre os quatro vereadores já citados, apontados por suspeita de envolvimento em supostos crimes de corrupção em apresentação de projetos de mudança de zoneamento para favorecimento de empresários, em troca do recebimento de propina.

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As votações vão ser nominais, ou seja, os vereadores vão definir a situação de cada um dos citados individualmente, podendo escolher pela investigação sobre um, e outro não. Com isso, o prefeito Gleidson, “já está armando, na surdina, para que a base apoiadora siga às ordens dele” diz fonte.

A suposição é que Gleidson, nos bastidores, trabalha para que sua base não denunciada salve os amigos denunciados. Ou seja, que não aceitem a investigação de Josafá Anderson, que faz parte do clã, como primo que é dos três políticos da família, além do presidente da Câmara, Israel da Farmácia, que de agora em diante, assumindo o cargo definitivamente, será muito útil na tramitação de projetos de interesses do Governo. Já os demais vereadores, Hilton de Aguiar e Rodyson Kristinamurti, estes podem ser descartados, não fazem diferença para Gleidson.

O fato é, o entendimento sobre corrupção para Gleidson é seletivo. Depende de quem vem e de quem a praticou. Sua preocupação na essência nunca foi a corrupção em si, mas quem a praticou. Print estava em seu caminho em 2024. Já quanto ao Kaboja, em seu pequeno círculo ele se diz pesaroso, mas que não teve outra saída para atingir Print, teve quefritar Kaboja. Essa fala prova, indiscutivelmente, que o alvo do prefeito não foi a corrupção e sim quem a cometeu.

O fato é que, dando mais ênfase a narrativa do texto, essa forma de agir, com “dois pesos e duas medidas”, é uma característica bastante comum em Gleidson Azevedo e até em seus aliados. Eles, corriqueiramente, se posicionam de maneiras distintas em assuntos semelhantes, dependendo das pessoas envolvidas em cada caso. Foi justamente assim que Gleidson resolveu arquitetar um plano para “queimar” Eduardo Print Jr, que era presidente da Câmara Municipal, e se projetava como potencial candidato à prefeitura e, consequentemente, uma ameaça à reeleição de Gleidson. Ali, não havia nenhuma preocupação real com possível corrupção e, sim, mais um passo na busca de Gleidson para se manter no poder.

Os apoiadores direitistas de Gleidson também se comportam assim. Inclusive, em reunião da Câmara Municipal desta terça-feira, 21/11, quando foi votado o pedido de cassação dos vereadores Kaboja e Print Jr, alguns bolsonaristas aliados de Gleidson fizeram exatamente isso, pressionando pela condenação de Print Jr, simplesmente para tirá-lo da possível disputa pela prefeitura. Não havia nenhuma preocupação real sobre qualquer tipo de investigação legítima, se tratava apenas de um jogo político.

É o que deve acontecer também em relação à investigação sobre Hilton de Aguiar, Israel Mendonça, Josafá Anderson e Rodyson Kristinamurti. Com a interpretação seletiva das situações, a base aliada do prefeito quer salvar uns e “crucificar” outros, mostrando novamente que querem é fazer política, e não apurar verdadeiramente se houve corrupção ou não.

Para isso, a AACO, Associação dos Advogados do Centro-Oeste, está se movimentando bastante. Um dos pedidos para a investigação foi protocolado pelo presidente da associação, uma entidade sem tanta proeminência no mundo jurídico, e que foi fundada por Sérgio Martins, que coincidência ou não, é o advogado do prefeito Gleidson em processo, inclusive contra o Divinews, que em pedido liminar, já perdeu três decisões da Justiça.

No meio disso tudo, advogados ouvidos pelo Divinews, sob o anonimato da preservação do sigilo da fonte, observaram que o MP também poderia ter adotado forma semelhante nas investigações dos quatro vereadores citados no pedido de admissibilidade de João Martins, que por sua vez ele se baseou na denúncia do Gaeco, de que há “fortes evidências” contra eles. Contudo, não se tem notícias que o órgão ministerial tenha oferecido acordo de não persecução penal aos empresários denunciantes para, em delação premiada, denunciar ou não os quatro parlamentares.

Qualquer indício de corrupção ou suspeita, devidamente embasada e com provas, não somente baseada em “falas” de denunciantes, deve ser investigada, independente de quem possa ser atingido pelas consequências. Mas, em Divinópolis, o prefeito Gleidson e sua trupe não se importam verdadeiramente em moralizar a política, querem só beneficiar a si próprios e manter a sede doentia pelo poder. Vide o caso das compras dos brinquedos para a Secretaria de Educação, os famigerados play balls.

Expectativa

Será que os defensores, os bolsonaristas que estiveram ao lado da AACO e seus próprios membros, estarão no plenário da Câmara amanhã, quinta-feira, 23/11, para defender intransigentemente a não corrupção. Que de fato queiram passar o município a limpo. Afinal, em ambos os casos, não se trata de uma cassação direta. O que foi votado foi a admissibilidade de que ocorra uma investigação, e assim seja feito também no segundo pedido.

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comentários

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  1. Gustavo disse:

    Da vômito, dá até diarréia quando lêio certas coisas e sabemos que os eleitores de Divinópolis ainda vai ser capaz de reeleger um tumor de política canceriana de nossa cidade….

  2. Pedro disse:

    O entendimento sobre corrupção deste blog tb é muito seletivo , haja vista a defesa do maior ladrao de dinheiro público do Brasil, o descondenado Lula . Sei que vcs não divulgarão este comentário

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