Empresa do setor confeccionista de Divinópolis poderá ser denunciada por assédio, em votação de projeto na Câmara

Publicado por: Redação

Na votação do projeto de Lei, EM-029/2023, de autoria do Poder Executivo, na reunião Ordinária da Câmara de Divinópolis, nesta última quinta-feira (25), que por 11 votos favoráveis a 5 contrários autorizou a Prefeitura de Divinópolis a vender um terreno de aproximadamente 10 mil metros quadrados, localizado no Bairro Planalto, por R$ 868 mil reais, dividido em 24 vezes. Valor bem abaixo de mercado, já que o mesmo imóvel anteriormente havia sido avaliado em R$ 1,5 milhão. O fato é que, os empresários, Vinicius Henrique Almeida, e Leopoldo Cesar Nogueira da empresa Sul Minas, enviaram para o plenário do Legislativo dezenas de funcionários, todos em horário de trabalho. Com o único objetivo de fazer pressão em cima dos vereadores, e com isso influenciar na votação do projeto, para que ele fosse aprovado, como foi. A empresa e seus sócios correm riscos, de no futuro, serem denunciados  por assédio moral e coação dos empregados.

O fato é que, o Divinews apurou por meio de fonte, que nem todos os funcionários que lá estiveram, foram de livre e espontânea vontade. Segundo a mesma fonte, os mais exaltados contra os vereadores que se pronunciaram contrário ao projeto, em sua maioria exerciam cargo de chefias, e diante de tal situação os subalternos em legitima intimidação, quisessem ou não, foram obrigados a se manifestarem. Ou seja, um instigando o outro, independentemente da sua própria vontade. Diz a fonte, sob anonimato. “O assédio moral praticado se tornará público quando qualquer um dos que compareceram for demitido e denunciar na Justiça que foi obrigado a comparecer. Mesmo que internamente o empresário tenha dado a opção a quem quisesse ir”.

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A justificativa dos 11 vereadores para votarem favoráveis a aprovação do projeto, foi a manutenção dos empregos, independentemente de análise, se os cofres públicos estavam sendo lesado, ou não, e ainda, se a empresa tem condições financeiras de pagar o preço real de mercado, ou seja, R$ 1,5 milhão para um terreno localizado em área verde e nobre, atrás da Siderúrgica Valinhos, no Bairro Planalto.

Votaram favoráveis, a partir de uma intensa pressão do prefeito, Gleidson Azevedo, e de seus assessores, os vereadores Ana Paula do Quintino; Anderson da Academia; Diego Espino; Flávio Marra; Hilton de Aguiar; Josafá Anderson; Piriquito Beleza; Rodson do Zé Milton; Roger Viegas; Wesley Jarbas e Zé Brás.

O vereador Edsom Sousa, que votou contrário ao projeto, assim como votaram Ademir Silva, Eduardo Print Junior e Ney Burguer, avaliou que a aprovação do projeto poderá parar na Justiça, e que ainda vão ocorrer muitos desdobramentos. Para exemplificar, Edsom comparou a aprovação de tal projeto, a um outro aprovado no passado, em área próxima do campo do Guarani, que foi alvo de denúncia e foi judicializado, ,apenas por uma denúncia anônima feita ao Ministério Público.

O resumo é que, a doação da Prefeitura faz com que a prefeitura deixe de arrecadar quase R$ 700.000, (Setecentos mil reais), conforme avaliação da Comissão Imobiliária do Legislativo. Dinheiro esse que poderia ser realocado em diversas Secretarias do Município, como a da Saúde, a mais sensível e com muitas reclamações da população.

 

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