Depois de Tiradentes, Bichinhos e João Pinheiro, (miniférias) Gra Castro retorna ao ‘Café com Leitura’ e com novidades

Publicado por: Redação

Olá leitores. Depois de um breve recesso, o Café com Leitura está de volta. Esta colunista se permitiu alguns dias de pausa do trabalho e das resenhas para uma pequena viagem de miniférias. O destino escolhido: Tiradentes, Bichinho e minha terrinha, João Pinheiro, cidade do interior de Minas onde vivem meus pais – Foram 10 dias de muita Minas Gerais com suas ruelas estreitas, casarões históricos, café coado, pesca em riacho e fruta colhida no pé para renovar o ânimo para o segundo semestre do ano. A obra escolhida para a retomada da coluna não poderia conversar mais com esse período de descanso. “Major Custódio e outras histórias”, do radialista Jorge Neto é um retrato fiel da mineiridade.

O livro de contos de Jorge Neto é uma ficção, mas poderia muito bem ser um livro de memórias. Em cada conto conhecemos uma gama de personagens “uns reais, outros nem tanto”, como revela o próprio autor, que nos fazem viajar nas lembranças das histórias contadas por nossos pais e avós sobre o correr da vida, que aperta e às vezes afrouxa, mas que sempre nos exige coragem, como bem disse Guimarães Rosa.

Continua depois da publicidade

Major Custódio e dona Almerinda, sua esposa, abrem a narrativa e com eles visitamos uma grande fazenda do século passado, onde o tempo parece que corre devagar. Do alto da varanda, o militar da reserva passa suas tardes narrando suas memórias ao escrivão do vilarejo, Raimundo Estevão, incumbido de escrever seu livro de memórias.

Conhecer as histórias de Major Custódio é como fazer uma viagem no tempo, conhecer os amigos de nossos pais e avós. Nos emocionamos com a fuga corajosa dos amantes, Eulálio e Rita, para viver um amor proibido; damos risada com as trapalhadas de Tião Mentiroso, que decidiu ser prefeito. Tem também João Grilo e Das Dores, que recorreram à garrafada de dona Tuca, preparada com ervas do quintal, na tentativa de arrumarem barriga. Dona Júlia, benzedeira, cujas “rugas do rosto formavam o retrato fiel da idade e das dificuldades que enfrentou na vida”, me lembrou a tia Alice, benzedeira conhecida em toda cidade de Arinos, cidade do norte de Minas onde passei minha primeira infância.

Cada personagem lembra um conhecido que todo mineirinho já se esbarrou ao longo da vida. Ler Major Custódio e outras histórias é como abrir um baú de recordações. E como bem disse o autor “certas histórias comovem a gente”.

Ah! Em breve teremos novidades na coluna. Aguardem.

Entre no grupo do Whatsapp do Divinews e fique por dentro de tudo o que acontece em Divinópolis e região

comentários

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Estamos felizes por você ter escolhido deixar um comentário. Lembre-se de que os comentários são moderados de acordo com nossa política de privacidade.

Continua depois da publicidade