A Corte de Cassação de Roma, última instância da justiça italiana, rejeitou o recurso apresentado pelo atacante Robinho e por Ricardo Falco, amigo do jogador, e confirmou a condenação dos dois a nove anos de prisão por violência sexual de grupo contra uma mulher albanesa numa boate de Milão, em 2013. A sentença é definitiva, não cabe mais recurso, e a execução da pena é imediata. Com a condenação, a justiça italiana poderá pedir a extradição de Robinho e Falco, mas dificilmente eles serão mandados para a Itália, pois a constituição brasileira veta a extradição de brasileiros. Desta forma, a Itália poderá pedir que eles cumpram as penas de prisão em uma penitenciária brasileira. O caso aconteceu em Milão, na boate Sio Cafe, durante a madrugada de 22 de janeiro de 2013. A vítima é uma mulher albanesa que, na época, comemorava seu aniversário de 23 anos. Além de Robinho, que então defendia o Milan, e Ricardo Falco, outros quatro brasileiros foram denunciados por terem participado do ato.
Robinho começou a carreira profissional no Santos, em 2002 onde foi campeão brasileiro naquele ano e posteriormente, em 2004. Em 2005 começou a ser convocado para a Seleção Brasileira e também foi vendido ao Real Madrid, da Espanha. Depois disso foi para o Manchester City da Inglaterra e em seguida, para o Milan, tendo retornado ao Santos em duas oportunidades. Uma em 2010 e outra em 2014, onde fez dupla com Neymar e outros jogadores renomados.
De 2016 ao fim de 2017 foi jogador do Atlético Mineiro, tendo se destacado dentro das quatro linhas, mas criticado fora de campo, justamente pelo envolvimento com o caso de estupro o qual, naquele momento estava mais fresco na memória da torcida. Especialmente os coletivos feministas alvinegros e de outros clubes que igualmente repudiavam o na época, suposto crime cometido pelo atleta e amigos.
De lá para cá, justamente pelos problemas com a justiça europeia, Robinho não conseguiu mais jogar. O último episódio foi na instituição que o revelou, o Santos. Após ter sido repatriado em 2018, os maiores patrocinadores do time da baixada santista, além da torcida do Peixe fizeram uma enorme pressão para que o atacante não vestisse a camisa que uma vez foi de Pelé. E o clamor popular fez efeito. Tenso sido o último clube de fato onde jogou, antes de tentar a sorte na Turquia – que também não emplacou.
Fonte: Mídia Ninja/Uol Esportes