Desde o início da pandemia de Covid-19 Divinópolis perdeu 753 vidas para o coronavírus. A cidade enfrentou diferentes situações epidemiológicas e a aparente tranquilidade dos últimos meses parece ter feito muita gente se esquecer do perigo. Para se ter uma ideia, no mês passado houve uma morte causada por Covid-19 em Divinópolis. Já este mês, a quatro dias para o fim do mês e término de 2022, o número de mortes disparou e já são 13 vidas perdidas. Os dados da prefeitura mostram que em dezembro do ano passado houve apenas uma morte na cidade causada por Covid-19.
Em 2022 até o momento Divinópolis teve 92 mortes provocadas pela pandemia. Dezembro é, até agora, o quarto mês com mais vítimas, ficando atrás de fevereiro, com 24 mortes, janeiro com 16, e julho com 15. É importante destacar que o mês de dezembro ainda não terminou e os números podem não representar fielmente a realidade, já que os exames que confirmam as mortes levam alguns dias para serem divulgados e só então os dados são lançados pela prefeitura.
Os idosos continuam sendo as maiores vítimas do coronavírus. Das 13 vítimas em dezembro, 10 tinham mais de 60 anos de idade. 69,23% das vítimas, ou seja, 9 pessoas eram mulheres. E, segundo a prefeitura, todos os pacientes que perderam a vida para a Covid este mês tinham histórico de algum problema de saúde.
Outro dado que chama a atenção é a quantidade de pessoas vacinadas que perderam a vida para o vírus. A imunização protege e, na maioria dos casos, evita que a doença se agrave, mas infelizmente, não consegue acabar completamente om o risco. Todas as vítimas que morram este mês já tinham recebido pelo menos duas doses da vacina.
Nas últimas semanas também aumentou a ocupação de leitos para pacientes com Covid em Divinópolis. Os hospitais não estão lotados de pessoas internadas, como em épocas mais graves da pandemia, mas a situação já começa a ser preocupante. A cidade, que até alguns meses atrás praticamente não registrava mais internações pela doença, tinha nesta terça-feira (27) o equivalente a quase 35% dos leitos e enfermaria ocupados, com 25 pacientes. Nas UTI´s haviam 6 pacientes, ou seja, 13,04% de ocupação.
O que preocupa é o que está por vir nas próximas semanas. Com o fim de ano e as tradicionais festas e confraternizações desta época, muita gente está festejando, se aglomerando e esquecendo de que o perigo ainda existe. E a tendência é que em janeiro de 2023 a cidade lamentavelmente registre mais mortes causadas pela Covid-19.