Um grupo com cerca de 40 pessoas da cidade de Cláudio procurou a Polícia Militar para registrar um boletim de ocorrência sobre ofensas compartilhadas em uma lista intitulada “Comerciantes Ptralha de Cláudio”. Bolsonaristas da idade, inconformados com a vitória de Lula, pedem o boicote a quem votou no PT e até mesmo a quem nem sequer se posicionou publicamente a favor de nenhum candidato. Na lista também há ameaças aos petistas e, segundo o registro da PM, contam com ainda com mensagens homofóbicas.
A lista começou a ser compartilhada em Cláudio logo após a vitória de Lula. Os bolsonaristas que se diziam insatisfeitos com o resultado, diziam que a intenção seria causar prejuízo econômico e insatisfação também aos petistas. “Não justifica eu não ser contratada ou não poder trabalhar porque eu votei em alguém, ou nesse ou naquele. É desumano. Eu dependo da minha profissão para sobreviver e isso gera um impacto econômico muito grande”, disse Luciane Cecoti, personal trainer citada na lista, que conversou com a imprensa sobre o caso.
A OAB de Cláudio divulgou nota repudiando a ação dos bolsonaristas e classificou a lista como um atentado aos princípios democráticos de direitos. Preocupados com o boicote estimulado pela lista, as vítimas procuraram um advogado para pedir agilidade na investigação do caso. A esperança é que a justiça consiga identificar a origem da lista. “Há crimes nessa lista, como o crime de difamação, a injúria e também os crimes da lei do racismo. Após chegar à autoria desse crime vamos ajuizar uma ação na esfera civil para requerer uma indenização dos autores devido ao prejuízo financeiro que os comerciantes estão tendo”, explica o advogado das vítimas, Fábio Sérgio Oliveira.
Além de incentivar o boicote aos profissionais e empresas que não apoiaram Bolsonaro, a lista conta com mensagens homofóbicas e racistas sobre várias pessoas citadas. Jornalistas, influenciadores digitais e políticos da cidade também foram incluídos na lista, seja por terem declarado voto a Lula ou simplesmente por não terem se posicionado publicamente, o que foi interpretado pelos bolsonaristas como uma traição a Bolsonaro. A Polícia Civil em Cláudio informou que já está adotando as medidas necessárias para investigar o caso e tentar descobrir quem são os “cidadãos do bem” que espalham ódio e incitam a violência.
As vítimas do boicote esperam que os responsáveis pela lista sejam identificados e punidos. “Elas não denegriram só a minha imagem. Nós somos mais de 60 pessoas afetadas. Então eu quero punição sim”, desabafa o comerciante Adelson Oliveira, um dos primeiros citados na lista em Cláudio.
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