Após ampliação do teste do pezinho pelo Governo Zema, Divinópolis foi a primeira cidade a identificar caso de AME no estado

Publicado por: Brener Mouroli

O teste do pezinho é um dos principais exames feitos por recém-nascidos, em Minas Gerais, ele é promovido nas unidades básicas de saúde (UBS) dos 853 municípios. Realizado a partir da coleta de sangue retirado do calcanhar dos recém-nascidos, serve para a identificação de doenças metabólicas, genéticas e infecciosas. O objetivo do teste é possibilitar a prevenção precoce das doenças e a coleta deve ser efetuada entre o terceiro e o quinto dia de vida do bebê. O teste, que identificava 12 doenças, teve sua amplificação no diagnóstico no fim do mês de janeiro no estado de Minas, onde foram incluídas três novas doenças, sendo elas: Imunodeficiência Combinada Grave (Scid); a Agamaglobulinemia (Agama); e a Atrofia Muscular Espinhal (AME). Após a ampliação, Divinópolis foi a primeira cidade no estado a identificar a doença AME em um teste, validando o Programa de Triagem Neonatal (PTN).

No município, o primeiro diagnóstico de AME ocorreu poucos dias após o início do novo rastreio. Uma bebê realizou o teste em uma unidade de Estratégia de Saúde da Família (ESF) em 30 de janeiro e, após a avaliação das amostras pela equipe referência em Triagem Neonatal do Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico (Nupad), da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Heloísa, que possuía apenas 19 dias, foi recebida por uma equipe multidisciplinar no Ambulatório de Doenças Neuromusculares do Hospital das Clínicas da UFMG e iniciou o tratamento adequado para a doenças.

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A neuropediatra e professora do Departamento de Pediatria da UFMG, Juliana Gurgel Giannetti, explica a importância do diagnóstico das doenças graves adicionadas na triagem como a AMA. “A AME é considerada a segunda doença neuromuscular mais frequente da infância. Temos uma proteína que é muito importante para a sobrevivência do neurônio que está na medula. Se essa proteína não é produzida, por algum defeito genético, ocorre a perda desse neurônio e, como consequência, ocorre uma fraqueza muscular progressiva, que acomete os músculos dos braços, pernas, da respiração e da deglutição, por isso, é uma doença muito grave. Muitas vezes, os pacientes da AME Tipo 1 apresentam esses sintomas de forma intensa e precisam ser entubados, sem que o diagnóstico tenha sido feito”.

De acordo com Vilania Cristina, referência técnica em Saúde da Criança da Diretoria da Atenção Primária, “É fundamental relatar a importância da realização do teste do pezinho no SUS, pois além do diagnóstico, é oferecido todo tratamento e acompanhamento necessário para a criança. E tudo gratuitamente!”, pontuou.

O PTN, nome do teste do pezinho, era conhecido por investigar seis doenças, porém, em 2021, o programa passou a cobrir 12 doenças e, no início de 2024, passou para 15. Segundo a expectativa do governo do Estado, o Teste do Pezinho em Minas deverá diagnosticar até 60 doenças, diz secretário de estado de Saúde do estado, Fábio Baccheretti. Durante o ano de 2023, foram cerca de 200 mil amostras triadas e cerca de 400 diagnósticos confirmados e acompanhados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com dados da a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

Em vídeo divulgado nas redes sociais, o Secretário-Chefe de Estado de Casa Civil Governo de Minas, Marcelo Aro, demostrou a importância da ampliação do teste no estado de Minas Gerais. Para ele, a movimentação realizada pelo governo Zema fui crucial para o cuidado da saúde dos recém-nascidos, pois, como no caso da recém-nascida, agora ela poderá uma vida melhor após a atenção precoce.

Conheça as 15 doenças triadas atualmente pelo PTN-MG realizado no SUS:

  • Hipotireoidismo congênito
  • Fenilcetonúria
  • Doença falciforme
  • Fibrose cística
  • Deficiência de biotinidase
  • Hiperplasia adrenal congênita
  • Toxoplasmose congênita
  • Atrofia Muscular Espinhal (AME)
  • Imunodeficiência Combinada Grave (SCID)
  • Agamaglobulinemia (AGAMA)
  • Deficiência de acil-CoA desidrogenase de cadeia muito longa (VLCADD)
  • Deficiência de acil-CoA desidrogenase de cadeia longa (LCADD)
  • Deficiência de proteína trifuncional – DPTC
  • Deficiência primária de carnitina – DPC
  • Deficiência de acil-CoA desidrogenase de cadeia média (MCADD)

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