Depoente nega pagamento ao vereador Kaboja e ressalta que fez acordo de ‘Não Persecução Penal’ com o MP de Divinópolis, contrariado; “mas tinha que ser”

Outros tiveram o mesmo sentimento dele, insatisfação em assinar ANPP

Publicado por: Redação

O depoente Paulo Adriano Cunha, mais conhecido como Coronel Adriano, por já ter sido comandante do Corpo de Bombeiros em Divinópolis, ao ser convocado para a oitiva da Comissão Processante da Câmara que investiga as denúncias feitas contra os vereadores Eduardo Print Junior e Rodrigo Kaboja, por suposta corrupção envolvendo mudança de zoneamento urbano na cidade, que ao final, ao ser apresentado o relatório final, será apreciado no plenário da Câmara, que poderá ser aceito ou não pelos vereadores. O fato é que, Adriano foi categórico em dizer que não recebeu e tão pouco ofertou qualquer dinheiro ao vereador Kaboja por mudança em projeto de zoneamento e sua aprovação, como apontado na denúncia do MP à Justiça, de que ele teria dado R$ 10 mil reais e ainda outros R$ 2 mil reais. Adriano disse ainda que, aceitou a oferta do acordo com o Ministério Público de ‘Não persecução Penal”, para não ter dores de cabeça eterna, mas não concorda de bom grado.

Só aceitou o acordo com o MP por aconselhamento do seu defensor. Ao ser perguntando pelo advogado de Kaboja, se ele tinha conhecimento de que outros que aceitaram o acordo também o fizeram com o mesmo sentimento dele, Adriano tergiversou a resposta, ou seja, evasivamente negou, mas nas entrelinhas quase que ficou claro que sim, que alguns teriam assinado para não ter prolongamento e encerrar tais fatos desagradáveis em seara da justiça.

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Adriano explicou que inicialmente procurou a prefeitura e lá foi informado que mudança de zoneamento seria na Câmara de Divinópolis. Com isso ele procurou o vereador Kaboja, por o conhecer de longa data. Contudo, disse também que procurou todos os vereadores pedindo que o projeto fosse aprovado. No que recebeu a resposta positiva, ao que eles dizem o mesmo adágio de sempre: “Se é para o bem de Divinópolis e vai gerar emprego….”

Negou com veemencia que pagou propina ao vereador Kaboja. “É natural que diante do MP para não ter dissabor aceitei a não persecução penal. Isso acontece com todo cidadão brasileiro – A verdade é que não houve qualquer pagamento ao vereador Kaboja. Houve sim uma solicitação que achei legitima feita por ele: “Mais a frente você me ajuda com 2 mil reais para eu calçar uma rua em Ermida. O que acabou não se consumando. E eu pagaria direto para a empresa e não para ele”.

O vereador Edsom Sousa, membro da Comissão processante que lhe indagou: “Então o senhor no MP falou uma coisa e aqui está falando outra? Adriano respondeu que não, ele falou a mesma coisa.

“A opção deles lá, escrito que por um dever funcional, eles optaram em me fazer uma proposta, a de ‘não persecução penal. E eu orientado pelo advogado que disse: “ou você aceita os termos ou você vi ter o dissabor de discutir isso, 10,15, 20 anos”, como quero paz na minha vida, eu aceitei.

O coronel da reserva dos Bombeiros, levantou outra controvérsia também, de que não foi mudança de zoneamento o seu caso e sim estabelecer zoneamento para um local que não existia. Isso significa dizer que a denúncia foi formulada equivocadamente, por que uma coisa é estabelecer zoneamento e outra é a sua mudança.

Por fim, o advogado do vereador Kaboja, voltou a questiona a aceitação da ‘Não persecução penal’. “Então a ANPP assinado pelo senhor no Ministério Público não reflete a realidade dos fatos?”, Adriano votou a reforçar que os depoimentos foram os mesmo, mas reafirmou sua contrariedade em ter aceitado.

A advogada do vereador Eduardo Print Junior, como  fez  nas outras quatro oitivas, perguntou qual foi o envolvimento de Print. Se houve algum pedido por sua parte vereador. E como uma repetição dos demais que foram ouvidos, a resposta foi negativa, eximindo qualquer participação do vereador.

 

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