FIEMG lamenta que Brasil tenha deixado de arrecadar R$ 21 bilhões com isenção de imposto de importações de produtos até US$ 50

Publicado por: Redação

O painel ‘impostômetro’ criado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), demonstra que, com a isenção da alíquota de imposto de produtos importados até US$ 50 vendidos por meio de comércio eletrônico, o Brasil deixou de arrecadar mais de R$ 21 bilhões nos últimos três meses. A FIEMG na campanha ‘Brasil Mais Competitivo’ defende que o tratamento seja igualitário na comercialização dos produtos, de modo que não afete a produção nacional.

O levantamento da Gerência de Economia e Finanças Empresariais da entidade que representa a cadeia produtiva industrial,  a perda de faturamento chegou a R$ 99 bilhões no ano passado com redução estimada de 1,1 milhão de vagas no mercado de trabalho (formais e informais) por conta de produtos que deixaram de ser fabricados no País, mas que chegaram ao consumidor por meio do comércio eletrônico.

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“Essa prática coloca o produto comercializado no Brasil em uma enorme desvantagem. Os benefícios para os produtos nacionais e importados precisam ser iguais. Não dá para competir com quem não é taxado”, avalia Flávio Roscoe, presidente da Fiemg.

De acordo com o estudo, o faturamento caiu em setores específicos na mesma proporção em que as importações de produtos de pequeno valor aumentaram. Os setores mais afetados foram vestuário e acessórios, móveis e produtos diversos e máquinas e equipamentos.

O fechamento de vagas na indústria, na prática, também reduz o potencial de consumo do brasileiro. Em 2022, a perda de massa salarial chegou a R$ 2,5 bilhões. Isso equivaleria ao pagamento do Bolsa Família para quase 350 mil famílias e seria maior do que a massa salarial gerada pelo município de Montes Claros (MG).

“O barato tem saído caro para o Brasil e para os brasileiros. Toda vez que uma compra é feita num site estrangeiro com o preço ‘bem baratinho’, os empregos no Brasil e consequentemente a renda e o poder de compra diminuem”, afirmou Roscoe.

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