Presidente da Câmara de Divinópolis questiona prefeito por suspeita de favorecimento em licitação de mais de R$ 1 milhão na Secretaria de Saúde

Publicado por: Redação

A saúde de Divinópolis foi pauta do presidente da Câmara de Divinópolis, vereador Eduardo Print Junior, na Reunião Ordinária da tarde desta última terça-feira (13). Print questionou uma suspeita de favorecimento a uma empresa de software em processo licitatório realizado pela Secretaria Municipal de Saúde, em uma licitação que teve a participação de três empresas e que custaram aos cofres públicos mais de um milhão de reais para investimento na UPA Padre Roberto.

O motivo das suspeitas de Print Júnior são as medidas adotadas pela Prefeitura para que fosse feita a contratação de uma empresa. No objeto de contratação, estava a ‘continuação de solução de software em nuvem para informatização e integração de serviços públicos de saúde, incluindo seu licenciamento, migração de dados pré-existentes, capacitação técnica profissional, suporte técnico e eventual customização’. Isto é: o processo licitatório visava tornar o atendimento na UPA Padre Roberto mais ágil e informatizado.

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De acordo com o processo realizado no dia 22 de agosto, três empresas formalizaram propostas: GovTec, Vivver Sistemas e E&L Produção de Software, sendo a primeira declarada vencedora, pelo valor global e total de R$ 1.198.000,00. Mesmo assim, a equipe de pregão da prefeitura decidiu, após análise de documentos, pela inabilitação da empresa vencedora (GovTec), entendendo que a empresa não atendia aos requisitos. Assim, ela foi desclassificada.

“Inabilitaram a empresa por achar que não cumprem os requisitos exigidos no edital, não dando o direito à empresa de que ela realizasse e comprovasse sua capacidade, demonstrando o sistema conforme previsto no edital de contratação”, explicou Eduardo Print Júnior, durante sua fala. O Secretário de Saúde Allan Rodrigo da Silva, de forma imediata, homologou a segunda colocada como vencedora pelo valor de R$ 1.198.995,32, celebrando assim o contrato com a VIVVER SISTEMAS LTDA.

Eduardo Print Júnior destacou que não foram usados os mesmos parâmetros de conceitos para finalizar o contrato, uma vez que não cumpriram com uma cláusula presente no edital. “O edital estabelecia em seu termo de referência a realização de prova de conceito, através da análise de conformidade da solução. Nenhum técnico ou diretor de tecnologia do município foi sequer convocado, uma vez que não existiu a demonstração por parte da GovTec”, revelou Print.

Para o vereador, as consequências maléficas ao usuário da UPA foram notórias. “Uma UPA totalmente parada, com vários problemas básicos de atendimento. Um caos total devido a uma incompetência de gestão, já que a VIVVER, que foi declarada vencedora, não fez a comprovação de capacidade técnica conforme exigia o edital. Travou-se o atendimento, que é a porta de entrada do paciente na UPA, e com isso foram centenas de reclamações, fazendo com que a população pagasse mais uma vez o preço pela incompetência da empresa VIVVER”.

Foi dada à empresa VIVVER o prazo de 30 dias para que pudessem comprovar que tinham condições de atender a demanda de Divinópolis. “Mas por que não foi dada essa oportunidade, nem que fosse de explicação e esclarecimento, à GovTec, vencedora da licitação?”, indaga o Presidente da Câmara.

Com posse de documentos, Eduardo Print Júnior comprovou que o Secretário de Saúde recebeu, por parte da equipe da UPA, um laudo afirmando que os serviços não vinham sendo cumpridos conforme estabelecia o contrato. “No dia 16 de novembro, técnicos e funcionários da UPA alertaram o Allan (Rodrigo, secretário), com laudos comprovando que o sistema não estava funcionando. Na última sexta-feira (09 de dezembro), vieram técnicos da VIVVER e detectaram que a empresa não tinha capacidade e nem estava fazendo o que foi exigido no processo licitatório. Um completo absurdo”.

Segundo Print, a VIVVER assumiu o erro em reunião com a presença de membros da Comissão de Saúde da Câmara, e que o problema está sendo resolvido parcialmente. O vereador então, questionou o prefeito Gleidson Azevedo (PSC) por que ele concedeu tal benefício para a empresa.

 

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comentários

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  1. Jose Oliveira disse:

    Pior é de quem está com suspeita, quem está questionando, Eduardo presidente da câmera, esse vereador tem moral, pra cobrar alguma coisa

  2. Gil disse:

    O sujo e o mal lavado: dupla difícil de achar!

  3. Anônimo disse:

    Bobagem… o que é isso perto dos Playbolls???

  4. Anônimo disse:

    De acordo com várias matérias já existem denuncias no MPMG e outros órgãos, acho que falta resultados dos poderes fiscalizadores. Lamentável…

  5. Anônimo disse:

    Cadê o Cleitinho pra mostrar está roubalheira do irmão dele. Tem dois ônibus novinhos parados a dois anos no pátio da prefeitura. Vem aqui filma e fazer vídeos e esbravejar

  6. Humberto Pozzolini disse:

    O que está acontecendo com nossa Divinópolis. É denúncia seguida de denúncia. O poder da caneta tem seus benefícios e malefícios. Por que se tem dúvidas e desrespeito as cláusulas do processo licitatório pq não aciona o MPMG para devidas investigações?

    1. Cícero disse:

      Simples de resolver,se tá vendo corrupção é só tirar o prefeito. O problema é q os vereadores vêem,falam e não fazem nada,então são coniventes com a corrupção.

  7. Anônimo disse:

    Por falar na incapacidade de governo por onde anda às investigações do Escândalo da Educação, afinal são 30 milhões de reais desperdiçados.

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