Gusttavo Lima ignora crise e levanta o público em show na Divinaexpo em Divinópolis (imagens)

Publicado por: Redação

A crise que se instalou no mundo sertanejo ocorreu a partir de uma declaração de Zé Neto no dia 12 de maio, ocasião em que ele ironizando a tatuagem da cantora Anita e complementando que ele e Cristiano não dependem da Lei Rouanet. Começou naquele momento um levantamento de quem depende ou não do dinheiro público, principalmente das prefeituras. E a “caça”  chegou em Gustavo Lima por ser ele o campeão de shows pagos por prefeituras, fato este que não ocorreu em Divinópolis, por ter sido um evento particular do Sindicato Rural, em comemoração aos 50 anos da Divinaexpo – A sensação é que Gustavo Lima descarregou toda  adrenalina em uma apresentação impar e impecável, com cerca de duas horas de duração, levantando o público e o levando ao delírio, rompendo três horas da madrugada.

Assistas as entrevistas gravadas na quarta-feira (31/5) data do show de Gusttavo Lima, que antecedeu o dia do aniversário de 110 anos de Divinópolis

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Gusttavo Lima no mesmo dia do show em Divinópolis fez uma live em seu perfil no Instagram falando sobre o caso dos pagamentos dos cachês das prefeituras.  

 

“Ultimamente, eu venho levando tanta pancada e venho aguentando calado tudo isso. Não sei por que tanto ódio, por que tanta perseguição. Diante de tudo isso que está acontecendo, muitas inverdades sobre o meu nome e sobre minha carreira. Vocês sabem da índole que eu tenho e da minha criação”, afirmou o cantor. “Nunca me beneficiei de dinheiro público ou empréstimo de tal coisa ou algo do tipo. A minha vida foi sempre trabalhar. No ano de 2019, eu fiz quase 300 shows. Somos uma equipe gigantesca de colaboradores, de funcionários, de pessoas que nos ajudam a cada dia a subir mais um degrau da escada e, de forma sincera, eu não compactuo com dinheiro público. Sou um cara que tenho meus impostos em dia, até de uma caneta que eu compro eu pago imposto.”

Gusttavo confirmou que já foi contratado por prefeituras para realizar shows, mas declarou que cobra um valor padrão por seus shows. “Acho que todos os artistas já fizeram ou fazem shows de prefeituras. Isso é sobre valorizar a nossa arte. Se a única coisa que a gente tem para vender é a nossa música, é a nossa voz… a gente ganha dinheiro com isso, a gente paga as nossas contas com isso, a gente coloca comida na nossa mesa através do nosso talento, da nossa carreira. Não só da minha mesa, mas na de mais de 500 funcionários que dependem do Gusttavo Lima para sustentar suas famílias”, disse. “Não é porque é uma prefeitura que vou deixar de cobrar meu valor até porque eu tenho conta para pagar. Quando o boleto chega no final do mês, não tem choro.”

sertanejo continuou dizendo que não é porque ele é músico que “não deve receber um valor significativo e justo” por seu trabalho. “Faço pouquíssimos shows de prefeituras e quando faço às vezes faz algum, sou massacrado como se fosse um bandido, como se fosse um ladrão que tivesse roubando dinheiro público. Não é assim, gente, sou um trabalhador normal, igual a todos vocês”, enfatizou Gustavo, que também contou que essa polêmica tem o prejudicado emocionalmente e fisicamente. Durante o desabafo, o artista negou que se posicionou politicamente em um show. “Sou um cara que não falo de política mais, porque acho que tudo o que está acontecendo é sobre ano eleitoral e vale tudo.” Sentindo-se perseguido, ele confessou que tem hora que pensa em desistir da carreira artística: “Não sabia que ser bem-sucedido no Brasil traria tanta inveja, tanta coisa ruim. Às vezes, dá vontade de sumir para ver se essa perseguição em cima de mim acaba”. No fim da live, o artista chorou ao dizer que não é um bandido. “Aqui não existe um criminoso, existe um cara honesto que trabalha para caralh*”, finalizou.

 

 

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comentários

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  1. Anônimo disse:

    Achei interessante esse post e repasso *O SERTANEJO UNIVERSITÁRIO É PRODUTO DO LADO MAIS SOMBRIO DO AGRONEGÓCIO.*
    A hegemonia do sertanejo universitário no cenário musical brasileiro atual não é produto do talento dos cantores do aludido gênero musical, mas de uma estrutura econômica por trás destes cantores.
    O sertanejo surgiu no Brasil em meados do século XX, onde seus artistas cantavam as agruras e os lamentos do campo e da vida rural. Com o processo de urbanização do país em decorrência do desenvolvimento industrial, a música sertaneja tradicional sofreu uma paulatina transformação e já nos anos 1990, o romantismo urbano suplantou a beleza e a pureza do autêntico sertanejo do campo.
    Todavia, o que turbinou o sertanejo universitário foi o investimento milionário do agronegócio, que quis criar a imagem do homem de bem e do campo que sustenta a cidade, quando, na verdade, 75% dos alimentos que chegam às mesas dos brasileiros são oriundos da agricultura familiar, ou seja, do pequeno lote de terra. O agronegócio, basicamente, volta-se para exportação, o que é de conhecimento público e notório.
    O filme “os filhos de Francisco”, que retrata a heróica saga da dupla sertaneja Zezé di Camargo, quis passar a imagem da meritocracia da vida no campo, fazendo as pessoas acreditar que as ligações telefônicas de um pai abnegado por seus filhos às rádios provocaram o seu sucesso. Milhões de pessoas viram este filme nas telas de cinema. Entretanto, isto fica apenas no cinema, não condiz com a realidade.
    O que ocorre na indústria fonográfica é o famigerado “jabá”, que é uma importância em dinheiro que os produtores pagam para veicularem suas músicas. A empresária da polêmica cantora Anita declarou em entrevista que viralizou que, enquanto tenta pagar um “jabá” para tocar as músicas de seus artistas numa rádio, o agronegócio já as comprou. O resultado é que, em 2021, das dez músicas mais tocadas no aplicativo de música spotify, nove eram sertanejos universitários, com suas músicas cantadas no mesmo timbre e com as mesmas letras: balada, bebedeira e traição.
    Ademais, existe um lobby fortíssimo do agronegócio na política nacional. Para que se tenha uma idéia, em 2014, a JBS patrocinou a campanha de 11 partidos políticos e a bancada ruralista fez 24 dos 27 senadores eleitos.
    Isto mesmo que vocês leram. Não há uma bancada roqueira, funkeira, pagodeira, etc, mas há uma bancada ruralista, que possui como trilha sonora o sertanejo universitário.
    Tudo isto produz uma indústria cultural, a famigerada “modinha”. Não é um sucesso orgânico, natural, é produzido.
    Como vocês acham que qualquer dupla sertaneja, hodiernamente, já possui ônibus, jatinhos e milhares de seguidores em suas redes sociais logo no começo de suas carreiras? Fruto de seus talentos? Não. Fruto do investimento pesado do agronegócio, que vê no sertanejo universitário uma forma de alienar as pessoas com letras açucaradas e despolitizadas, ao passo que violam a legislação ambiental, expandem a fronteira agrícola, invadem terras indígenas, promovem o garimpo e assassinam os povos nativos. Vocês acham que os cantores sertanejos são bolsonaristas por acaso?
    E o que vemos hodiernamente é o fim do autêntico sertanejo, da música que retratava a vida do campo, dando lugar a uma música urbana, cada vez mais pop e com riffs que lembram mais um pop rock medíocre.
    Ademais, o agronegócio compra espaço na mídia (o agro é pop, lembram?), promovem feiras pecuárias, onde promovem duplas sertanejas de “bons moços”, e agroshows, onde dão visibilidade aos cantores sertanejos. Mais que isto, compram emissoras de TV e colocam suas músicas em novelas. Quando um artista de outro gênero poderia ter este privilégio? Um cantor de samba oriundo do morro, um roqueiro de uma banda de garagem? Por mais que tenham um talento superior, não conseguirão emergir na superfície da indústria fonográfica.
    Embora sejam esmagadoramente reacionários e “contrários” à polêmica e desconhecida (inclusive por eles), são os cantores que mais recebem recursos públicos, pois, como veio à tona, sabe-se que recebem dinheiro de prefeituras pequenas que equivalem ao orçamento anual de suas pastas de saúde e educação.
    Por todas as razões expostas anteriormente, é uma luta desigual com os demais gêneros, não pelo talento, o qual poucos possuem, mas pelo investimento extraordinário do agronegócio.
    Mais que isto, a dobradinha agronegócio/sertanejo universitário está promovendo um morticínio da cultura, uma vez que festas tradicionais do São João nordestino estão tomadas por estas duplas, ao passo que o forró perde espaço, só para citar um exemplo. Não é diferente em outras festas tradicionais que nada tem a ver com o gênero, tal como o carnaval.
    Espero que, com o que veio à tona, este assalto à cultura e ao dinheiro do contribuinte, a máscara destes falsos moralistas e pseudocantores seja retirada de modo que possamos expor a sujeira por trás deste sucesso.
    Particularmente, não escuto destes cantores, pois sei que cada clique representa uma parcela do morticínio cultural e da devastação do meio ambiente.
    Tiago Cardoso,
    Geógrafo.

    1. Anônimo disse:

      Ah deixa de falar asneiras, esse corja de pseudo cantores como Pablo, que aliás não canta nada, Anita, e outros que se dizem representantes da música popular tem só uma coisa na cabeça, eleger o nove dedos, já vc não sei o que pensa, pois falou e não disse nada. E um sem noção, defensor dessa esquerda maltrapilha que existe nesse país hoje.

  2. Anônimo disse:

    Que cara de pau desse cantor. Dinheiro que recebeu em shows de Prefeituras, eram dinheiro da Lei Rouanet e, dependendo das necessidades da cidade, essa verba, deveria sim, ser investida em pagamento de creches, merenda escolar, para Upas, farmácia do Sus. Fazer saneamento básico, infraestrutura. Se ele está com sua consciência tranquila, tudo bem. E que Deus o abençoe, pois afinal, nada como ter a paz de espírito.

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