Deputada mineira, Andreia de Jesus (PSOL) é ameaçada novamente de ter um fim parecido como o de Marielle Franco

Publicado por: Redação

Em ofício enviado nesta quinta-feira (24) à Polícia Militar (PM) e à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o Ministério Público (MPMG) solicitou a manutenção da escolta policial à deputada estadual Andreia de Jesus (PSOL). Em novembro de 2021 a parlamentar recebeu ameaças de morte que diziam que o fim dela seria “como o de Marielle” e, nesta manhã, já sem a escolta, a parlamentar denunciou ter recebido novas ameaças., segundo divulgou o jornal O Tempo. Ainda de acordo com o MPMG, a recomendação dos promotores teve como base uma representação de Andreia, feita no último dia 17 de março na Procuradoria-Geral de Justiça. No documento, ela denunciava a retirada da escolta pela PM, sob argumento de que “não mais subsistiriam indicadores de risco à sua integridade física”. “O MPMG entende que, por não terem sido concluídas as investigações relativas aos REDS que deram fundamento ao início da escolta – referentes a ameaças sofridas pela deputada após o episódio ocorrido na cidade de Varginha – e por também estarem em andamento os trabalhos para apurar novas ameaças sofridas por Andréia de Jesus, a retirada da escolta seja prematura”, complementa.  O órgão lembra ainda que existem, atualmente, 27 investigações tramitando na Polícia Civil (PC) sobre ameaças, racismo e crimes contra a honra que têm como vítima a deputada do PSOL e que são acompanhados pela Coordenadoria Estadual de Combate aos Crimes Cibernéticos (Coeciber), do MPMG.

Assinado pelos promotores Francisco Angelo Silva Assis, Allender Barreto Lima da Silva e Vanessa Fusco Nogueira Simões, e, ainda, pelo procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior, o ofício pode ser conferido clicando aqui.

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Procurada na última semana sobre a retirada da escolta, a PM afirmou, por meio de nota, que o Serviço de Inteligência da corporação teria “verificado que não havia mais motivações para a permanência da escolta”. “O policiamento foi remanejado para o atendimento à população mineira”, finalizava o texto. A PM foi novamente procurada nesta quinta, mas, até o momento, não se posicionou sobre o ofício do MPMG.

Nesta quinta, a deputada divulgou em suas redes sociais ter recebido novas ameaças no momento em que ela já se encontra sem a proteção policial. “Recebi, esta semana, nova ameaça de morte e já entramos com uma representação pedindo investigação sobre o caso. A ameaça segue um padrão de grupos masculinistas e supremacistas brancos que se organizam na deep web. Como qualquer cidadã, tenho direitos políticos que incluem o de ser parlamentar e exercer as atividades para as quais fui eleita. Também tenho direito, como qualquer cidadã sob ameaça de morte, de que o Estado garanta a minha vida”, argumentou Andreia.

Retirada ocorreu após identificação de suspeitos 

A assessoria de imprensa da deputada Andreia de Jesus divulgou uma nota em que afirma que a PM justificou a retirada do serviço alegando que a parlamentar não estaria mais “correndo risco”. “No entanto, ela não apresenta qualquer dado que justifique a retirada da escolta, pelo contrário, o próprio relatório deixa claro que os autores das ameaças contra a vida da deputada ou não foram encontrados pelo setor de inteligência da PMMG ou não foram sequer identificados”, aponta a equipe da psolista

Além disso, o aviso do encerramento da escolta aconteceu justamente após uma parte significativa dos suspeitos de alguns crimes de ódio contra ela terem sido identificados pela PC. “O próximo passo procedimental será a oitiva de todos eles. É possível que a convocação dos suspeitos sirva como gatilho para novas ameaças, novas manifestações de ódio ou condutas ainda mais graves contra a deputada”, completa o texto.

 

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