Diretora do IBDS pede demissão e UPA Divinópolis fica mais vulnerável; assistencialismo de pedidos políticos teria sido a causa

Publicado por: Redação

Segundo informações que o Divinews obteve, Meire Moreira dos Santos, que era Diretora Assistencial do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Social (IBDS), responsável pela administração da Unidade de Pronto Atendimento Padre Roberto (UPA 24 horas),  pediu demissão do cargo nesta segunda-feira (08) – De acordo com a fonte, Meire estaria esgotada pelos   problemas que ocorrem naquela unidade de saúde, tanto os relacionados ao fim em sim da unidade de saúde, que seria o atendimento somente de urgências e emergências, mas que acabou por se tornar um hospital, e é por isso que ocorrem tantos problemas, quanto os de ordem política que envolvem pedidos de atendimentos de pessoas influentes da cidade, além da constante intervenção dos  membros do Legislativo e do Executivo Municipal e do Estado.

Hoje, segunda-feira (08), existem mais de 45 pessoas internadas na UPA, fugindo totalmente ao fim a que ela foi concebida. A UPA, além de ter se tornado uma Unidade Básica de Saúde, com a população procurando atendimentos rotineiros que não são de urgência e emergência, virou um hospital, com pacientes internados dias a fio, sem que a regulação do estado encontre vaga em hospitais da região.

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Foi em 2019 que o IBDS assumiu a administração da UPA, e já em 2020 ocorreu uma operação da PF por suposto desvio de recursos que deveriam ser aplicados no combate a pandemia da covid-19, somada a uma possível fraude na licitação que fez com que o instituto assumisse a sua gestão.

Segundo uma publicação do site do sindicato que representa a categoria dos servidores públicos (SINTRAM), mesmo diante de tantas denúncias, em menos de dois anos de gestão da UPA, a Prefeitura assinou cinco aditivos contratuais com o IBDS. Somente na gestão de Gleidson Azevedo (PSC) o município já assinou três aditivos contratuais com o gestor da UPA. O contrato assinado entre o município e o Instituto em 2019 previa o valor de R$ 91.043.671,20 para cinco anos de gestão da unidade. Com os cinco aditivos, o valor do contrato chegou a R$ 121.875.420,60, o que representa um aumento em relação ao valor inicial de 33,58% em menos de dois anos de gestão da unidade. Entretanto, ainda não se sabe como ficará a situação do IBDS,  já que em outubro desse ano, após escândalos, inquérito da Polícia Federal, falta de oxigênio, processo administrativo e cinco aditivos contratuais, a Prefeitura rompeu o contrato da UPA.

A situação piora ainda mais com a saída da diretora Meire Moreira. Isso poderá ser mais um argumento que o vereador Flávio Marra, que é defensor ferrenho que a segunda colocada na licitação assuma logo no lugar do IBDS, pode usar do alto da tribuna da Câmara de Divinópolis, na reunião ordinária desta quinta-feira (08).

O surrealismo no caso da UPA, entre outros casos como a falta d´água e os problemas do transporte urbano,  é os vereadores e alguns eleitores retirarem a responsabilidade da Prefeitura e do prefeito e transferirem diretamente para os contratados, como se o Poder Executivo, o contratante não tivesse “nada com isso”,

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