A paralisação dos tanqueiros – profissionais que fazem o transporte de combustível e derivados de petróleo por causa do ICMS e o baixo preço do frete, iniciada na última quinta (21), segue nesta sexta (22). Os trabalhadores estão concentrados em frente a distribuidores de combustível em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) Vários postos da cidade já não possuem gasolina, e grandes filas são registradas por causa da corrida de motoristas em busca de combustível. A situação se espalhou para além da região e já atinge diversas cidades do interior do estado. Em Divinópolis alguns postos estão com a reserva contada e caso os tanqueiros não retornem a ativa, o cenário irá ser ainda mais complicado, não só para população, quanto para as indústrias e lojas que dependem totalmente da logística e dos combustíveis para realizar compras e vendas.
Outro impacto da paralisação foi no preço. O litro da gasolina comum esta sendo vendido por até R$ 6,69, e o da aditivada, por R$ 6,79. O menor valor encontrado é de R$ 6,47. Antes da paralisação, o preço médio estava em R$ 6,38.
De acordo com o Minaspetro e com o Sindicato dos Tanqueiros de Minas Gerais (Sinditanque-MG), todas as regiões do Estado já estão sendo prejudicadas, uma vez que a refinaria Gabriel Passos (Regap) em Betim, “é estratégica para a distribuição de combustíveis estadual.” No entanto, o percentual de desabastecimento nos postos não foi detalhada.
Proposta
O governo federal propôs auxílio diesel de R$ 400 aos caminhoneiros autônomos nessa quinta-feira (21). A medida seria para tentar evitar uma possível greve geral dos caminhoneiros, marcada para 1º de novembro. Mas, em resposta, o presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, mais conhecido como Chorão, afirmou que os R$ 400 não atendem as demandas dos caminhoneiros, que o valor é insuficiente frente ao diesel custando, em média, R$ 4,80, e que, portanto, a greve programada para o dia 1º de novembro está mantida.
Fonte: Jornal o Tempo