SINTRAM critica Prefeitura por decisão de retorno ao trabalho dos servidores públicos municipais de Divinópolis

Publicado por: Redação

O Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região, ao criticar a decisão da administração do prefeito Galileu Machado em decreto assinado pelo procurador-geral adjunto da Prefeitura, Bruno Torres dos Santos, além do secretário de Saúde, Amarildo Sousa,  que mesmo com 50% dos leitos ocupados e faltando Equipamentos de Proteção Individual para os servidores da saúde, determinou o retorno ao trabalho nesta segunda-feira (27) através do decreto 13.766 publicado no Diário Oficial dos Municípios Mineiros.  

A decisão foi criticada pela diretoria do Sintram, visto que considerando o número de casos e ocupação dos leitos hospitalares, Divinópolis está em situação crítica e medidas de relaxamento do isolamento social, neste atual cenário vão contra o que pregaram as próprias autoridades de saúde do município. Para a direção do sindicato a decisão é precipitada e irresponsável porque coloca em risco a saúde dos trabalhadores e toda a população.

Continua depois da publicidade

O vice-presidente frisou que não há como concordar com essa decisão diante do cenário epidemiológico na cidade.  “Nós não podemos concordar com a decisão da administração pelo fim das férias coletiva. Não dá para entender, justamente pelo fato do índice de contaminação de Divinópolis ser o maior do que o índice nacional. O número de casos confirmados em Divinópolis é o maior da região, o número de leitos ocupados já ultrapassou os 50%. Mesmo assim diante desse quadro sanitário crítico, a administração decidiu encerrar as férias coletiva dos servidores públicos e reabrir o comércio.  Com essa medida, entendemos que a administração assume toda a responsabilidade no caso de contaminação dos servidores públicos e também pelo provável colapso no sistema de saúde do município”, alertou o vice-presidente.

EPI (Equipamento de Proteção Individual)

O líder sindical ressaltou que o sindicato enviou vários ofícios, visitou locais de trabalho, cobrando Epis  e material para higienização (álcool gel, papel toalha, sabonete, etc) e a Prefeitura sempre argumentou que está faltando os itens no mercado e está sendo feito racionamento para suprir as necessidades. O Ministério Público do Trabalho inclusive está também investigando denúncias que chegaram ao órgão, cobrando respostas da administração a respeito da preservação a saúde dos servidores, nesta situação de pandemia.   “A Prefeitura não está conseguindo fornecer e abastecer a quantidade suficiente e necessária de EPIs para os servidores dos serviços essenciais, aqueles que estão na linha de frente no combate a pandemia, alegando que está faltando no mercado, como vai conseguir fornecer para todos os servidores, em todos os setores da prefeitura?  Entendemos que reduzir o número de funcionários nos setores e fazer rodízio não resolve, pois os servidores estarão expostos durante o percurso de casa para o trabalho e vice versa”, declarou.

Posicionamento

O vice-presidente frisou que o sindicato é totalmente contra essa decisão irresponsável e irá recorrer ao Judiciário para que a medida seja revogada.  “Nós do Sintram, somos radicalmente contra essa decisão irresponsável por parte da administração em colocar em risco a saúde dos servidores públicos e da população só para dar satisfação e atender os interesses dos empresários. Estaremos tomando todas as medidas necessárias e cabíveis, inclusive judiciais para garantir a proteção da saúde dos servidores públicos. Já que a Prefeitura determinou a volta de todos os servidores ao trabalho, então terá de fornecer para todos os servidores, EPIs adequados de acordo com grau de risco e exposição. Não aceitaremos mais a desculpa da administração em não fornecer os equipamentos de proteção adequados, alegando a escassez dos EPIs no mercado para comprar”, finalizou o vice-presidente.

 

Entre no grupo do Whatsapp do Divinews e fique por dentro de tudo o que acontece em Divinópolis e região

comentários

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Estamos felizes por você ter escolhido deixar um comentário. Lembre-se de que os comentários são moderados de acordo com nossa política de privacidade.

  1. Anônimo disse:

    A decisão de voltar ao trabalho é acertada, nas nas secretarias que funcionam no pátio da prefeitura, parece que n~~ao acreditam no risco de contaminação, não cumprem o decreto de volta ao trabalho, tem aglomeração e não tem uso de epis ou outra medida de segurança qualquer. O risco de contaminação é muito alto, secretários inconsequentes.

  2. Rogério disse:

    Cresst???? Equipe de segurança no trabalho???? Isso existe na prefeitura???
    Se tiver uma fiscalização do ministério do trabalho, ele fecha a prefeitura, aliás se tiver qualquer tipo de fiscalização nós estabelecimentos da prefeitura, todos fecham, mais quem vai fiscalizar???
    Prefeitura agora baixar decreto prós outros cumprirem, mais ela não cumpri nada.

  3. Anônimo disse:

    Gente nunca teve EPIs p servidores e só ir no CResst e verá com a pseuda equipe da de segurança o que eles tem p oferecer sempre foi zero!
    Agora vem com a desculpa que não tem material devido a crise,me poupe nós servidores nunca fomos protegidos não entendo o pq de até existir equipe de segurança do trabalho já que violam os direitos dos servidores cotidianamente.
    Até papel higiênico nós compramos a pedido os cargos de confiança que gerem os serviços municipais imagina álcool gel e outros para nossa proteção!

Continua depois da publicidade