Situação do setor industrial das principais cidades do Centro-Oeste de Minas

Publicado por: Redação

A pandemia do novo coronavírus tem causado interrupções na produção industrial em todo Brasil. No Centro-Oeste de Minas, região marcada pela pluralidade de segmentos, a situação está instável. Os decretos municipais determinam fechamento de fábricas em algumas cidades, assim como o comércio. Cenário preocupante que pode afetar a economia e está sendo avaliado para possível retorno das atividades.

Em Divinópolis, o último Decreto que determina sobre permissões ou não de estabelecimentos autoriza que indústrias e construção civil voltem a operar. De acordo com informações do Sindicato da Indústria da Construção Civil (SINDUSCON-CO), Sindicato das Indústrias do Vestuário de Divinópolis (SINVESD) e Sindicato da Indústria das Indústrias Siderúrgicas do Oeste de Minas (SINDIGUSA), os setores correspondentes estão em atividade, tomando as medidas de prevenção orientadas, embora, algumas fábricas tenham determinado férias coletivas para seus funcionários por falta de demanda.

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Em Nova Serrana, o Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Calçados de Nova Serrana (SINDINOVA) informou que as fábricas permanecem fechadas aguardando decreto do Governo do Estado. A justificativa é que sem comércio aberto e a redução de pedidos não justifica as fábricas voltarem a produzir. Reunião realizada na manhã de hoje (26), com a Prefeitura determinou o retorno do comércio e indústria dia 1º de abril.

Em Itaúna a situação é variável. De acordo o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Itaúna, (SINDIMEI), algumas fábricas estão em atividade e outras em suspensão da produção.

De acordo com a assessoria de comunicação da Prefeitura de Santo Antônio do Monte, o Ministério Público está mobilizado para conseguir um acordo que autorizasse o retorno das atividades, que permanecem suspensas. As fábricas de fogos localizadas em Lagoa da Prata permanecem em atividade.

Em Pará de Minas, o setor industrial continua em atividade, embora algumas indústrias tenham feito a opção de fechar por falta de demanda.

Por força de Decreto Municipal, o setor industrial de Cláudio está com paralização das atividades de 25 de março a 05 de abril. De acordo com a Associação das Indústrias Metalúrgicas (ASIMEC), está prevista uma nova reunião para tratar do assunto na próxima segunda-feira (30).

Em Carmo do Cajuru, cidade há cerca de 10km de Divinópolis e caraterizada pela fabricação de móveis, as fábricas encontram-se 100% paradas por força de Decreto Municipal. O Sindicato das Indústrias de Móveis e Artefatos de Madeira no Estado de Minas Gerais (SINDIMOV) está buscando junto ao Prefeito Municipal a liberação de parte do parque fabril para a próxima semana. Situação ainda em negociação.

De acordo com informações da Associação dos Mineradores de Pais, Arcos e Região (AMPAR), em Arcos e Pains os decretos não afetaram a mineração e a produção das indústrias de cal não foi paralisada. Visando evitar a propagação do vírus, as próprias indústrias criaram medidas paliativas, como trabalho home office e férias coletivas para os setores administrativos. A produção continua em atividade com algumas ações, como horários alternados no refeitório e distribuição de álcool em gel.

Em razão da importância da indústria para o país, a FIEMG avalia os impactos que podem existir na economia. Estudo elaborado pela entidade aponta que Minas Gerais pode fechar o ano de 2020 com a perda de 2,02 milhões de empregos formais, considerando a paralisação quase total das atividades produtivas em um período 30 dias, devido à pandemia do novo coronavírus (COVID-19). Já a projeção nacional mostra que 16,7 milhões de empregos formais tendem a ser perdidos em todo o país, considerando o mesmo período.

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comentários

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  1. Elaine disse:

    O empresariado, contrariando todas as evidências e exemplos dos países de primeiro mundo ( Itália e Espanha), querem voltar tudo ao normal, alegando quebradeira e desemprego.
    Não sei se o nosso vírus é diferente do de lá e já encontraram a cura? Ou tem outra a intenção?
    Se voltar ao normal agora as atividades, em no máximo um mês, como observamos em outros lugares, pararemos novamente, mas aí será porque estaremos doentes.

    Não faz muito sentido voltar agora.

    A não ser que tenha outro raciocínio.
    Se parar agora, o patrão arca com toda despesa.
    Se voltar e para por causa da doença, depois de algum tempo inválido, o funcionário passa a receber pelo INSS, desonerando o patrão.

    Será que é isso?

    O risco é a morte de alguns!

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