Por que MP “bate o pé” e insiste na permanência da DICTUM como interventora do HSJD?
Quase todos os médicos, com raras exceções, também os funcionários, parte da população que acompanha a agonia do HSJD, e o próprio Estado, leia-se a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais e o Governo, além do Município, parlamentares federais, estadual e municipal, mas ninguém fala, explicitamente. Não entendem os motivos que levam o promotor de Justiça, Curador das Fundações, Sérgio Gildin em sua insistente e veemência em não abrir mão da continuidade da empresa DICTUM, como empresa gestora e interventora do Hospital São João de Deus, ignorando desta forma a total falta de credibilidade da empresa em quase todos os segmentos – É claro, quase explicito que é a DICTUM o grande gargalo, que faz com que o Estado não envie recursos financeiros, e está sempre com o “pé atrás” com a referida empresa, apesar do recente discurso do envio de milhões, se ele continuar, possivelmente o dinheiro pode não vir – A Demonstração de sua incapacidade gerencial está mais que comprovada, pois em um ano e meio de atuação, ela não fez efetivamente nada. Não diminuiu a dívida principal de cerca de R$ 130 milhões, muito pelo contrário, aumenta o passivo, com atraso de honorários médicos, recebe do SUS, mas não repassa para os médicos, atraso com fornecedores, paga acerto trabalhista a conta gotas, não regulariza os depósitos de FGTS, entre outros pagamentos – Cada hora fala uma coisa, e a quem diga que ela não apresenta documentação alguma do que fala. É tudo de boca – A falta de credibilidade faz com que a empresa precise sempre de agentes facilitadores para negociar a gestão, deputados, prefeitos ou mesmo o Ministério Público precisam estar tutelando a DICTUM junto às instituições bancárias – E pior, segundo fonte, a empresa receberia cerca de R$ 100 mil reais pela “gestão” – Em síntese, o mercado realmente não entende a insistência do MP em não encerrar o enraizamento da DICTUM no Hospital São João de Deus – E diante de tamanha insistência na continuidade da empresa, e que formou as mais diversas elucubrações quanto ao forte vínculo da DICTUM com o MP – A expectativa dos principais atores envolvidos diretamente neste grande imbróglio, era que a saída da Ordem Hospitaleira, a DICTUM também saísse – Contudo, a estranha reviravolta, em que a Ordem se manifestou em continuar na Fundação Geraldo Correa, quando havia uma sinalização clara de que ela iria sair, pois sua continuidade ou não, não faz diferença alguma no atual cenário, já que não injeta recursos e tão pouco participa da administração, muito pelo contrário, segundo informações, gera é despesas, a ordem se manifesta em continuar. Isso poderá levar o Estado a repensar o repasse do recurso de R$ 4,5 milhões – Em entrevista ao Divinews, o deputado Jaime Martins, nas entrelinhas, demonstrou ser contra a continuidade da DICTUM, porém com muito cuidado para não ferir suscetibilidade, afirmou que a decisão é do Ministério Público, porém, disse acreditar que esta decisão será tomada pelo Curador de Fundações, Promotor Sérgio Gildin.