No final da tarde da última segunda-feira (22), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), resgatou um bebê, na cidade de Elói Mendes, no Sul do estado. O ocorrido teve início quando uma jovem mãe, de 26 anos, teve sua filha recém-nascida sequestrada pelo companheiro, de 32 anos, após ser ameaçada com uma faca.
O caso começou com uma discussão entre o casal, que logo escalou para ameaças de morte por parte do suspeito e o sequestro da criança. A vítima, em estado de choque, recorreu imediatamente à Polícia Civil, que iniciou os levantamentos para localizar a bebê.
Posteriormente, a mãe e o irmão da mulher entraram em contato com a polícia e afirmaram também terem sido ameaçados de morte pelo suspeito por meio de aplicativo de mensagens. Durante as conversas, o homem disse que não iria entregar a criança.
Assim, a PCMG montou três equipes para monitoramento dos locais em que o suspeito poderia estar e coordenar ações de inteligência. Na residência do irmão do investigado, uma das equipes notou nervosismo após algumas perguntas e pediu permissão para adentrar na residência, contudo, o homem recusou.
Em seguida, os policiais se dirigiram à casa da mãe do suspeito. Enquanto isso, a vítima recebeu novas mensagens de celular do companheiro, dessa vez dizendo que sumiria com a criança, provocando estado de choque na vítima.
Pistas
Em uma das mensagens enviadas pelo investigado à companheira, ele a xinga e diz que não era para ela ter enviado policiais à casa da mãe dele, informação até então compartilhada pelo irmão do suspeito. Isso fez com que a equipe policial suspeitasse do irmão, retornando ao endereço para falar com ele.
Ao mesmo tempo, isso deu indícios aos policiais de que haveria alguma chance de o investigado estar se escondendo na casa da mãe e, assim, tentava despistar as ações coordenadas.
Perigos
Chegando na casa da mãe do suspeito, a equipe da PCMG foi recebida com hostilidade. A mulher, além de ofender a polícia, ainda tentava desviar a atenção dos policiais para um lado da residência. Ela ainda ameaçou soltar um cão da raça pitbull de grande porte, que inclusive já estava em posição de ataque, para cima da equipe, caso não fosse embora.
Diante do perigo, os policiais recuaram e passaram a monitorar a casa a distância, momento em que o suspeito enviou um áudio à vítima, mais nervoso, informando que, se a polícia fosse embora, entregaria a bebê.
Como foi o primeiro áudio, a Polícia Civil conseguiu isolar a gravação e constatou latidos ao fundo idênticos aos animais presentes na residência da mãe do suspeito, o que sugeriu que ele deveria estar ali o tempo todo.
Cerco
Com a residência cercada pelas equipes, o suspeito se entregou, com a presença do advogado. Foi feita a negociação entre as partes, e a bebê foi entregue para mãe por cima do muro. A criança foi encaminhada ao hospital, onde foi constatada a integridade da saúde dela.
Todos os envolvidos foram intimados para prestar declarações nesta quarta-feira (24). As investigações prosseguem para esclarecer todos os fatos.
