Na sexta-feira (16), em continuidade às oitivas realizadas na Câmara de Divinópolis pelos três membros da Comissão Processante, Ney Burguer, Zé Braz e Edsom, que investigam as suspeitas de recebimentos de propinas pelos vereadores Rodrigo Kaboja e Print Junior, foi ouvido a testemunha Adalberto Rodrigues Souza.
Ao ser questionado pelo vereador Edsom Sousa disse que teve conhecimento sobre o caso através da imprensa e que não teria nada a acrescentar em sua oitiva sobre as denúncias que foram feitas pelo prefeito Gleidson Azevedo ao MP.
Afirmou ainda que não tinha vínculo com a família Azevedo, apenas “conhecimento”, como tem com alguns vereadores. Porém, na sequencia ao responder a pergunta do vereador Edsom, de que, se ele já teria feito alguma doação para alguém, o depoente mesmo relutante em responder ao vereador, de que a pergunta não era pertinente ao objetivo da oitiva. Não se esquivou em dizer que deu R$ 5 mil reais para a campanha do então candidato Eduardo Azevedo, eleito deputado estadual.
Também a advogada de Print Junior, quis saber mais sobre a doação feita pelo depoente à Eduardo Azevedo. Ele confirmou o valor de R$ 5 mil reais, acrescentando que o fez por livre e espontânea vontade. Que foi ele quem procurou o candidato para fazer a doação de campanha. E ainda que não doou para nenhum outro, somente para Eduardo.
O Divinews apurou depois, que tal recurso financeiro doado pelo depoente para Eduardo Azevedo, foi feito por pedido do vereador Rodrigo Kaboja.
Adalberto explicou que a doação foi feita, ele quanto pessoa física e devidamente registrada na justiça eleitoral fazendo parte da prestação de conta prestada ao TSE.
O Divinews apurou com fontes que, tal doação foi feita ao então candidato Eduardo Azevedo, por pedido do vereador Rodrigo Kaboja, que na época estava alinhado ao clã Azevedo, até que foi traído pelo prefeito, irmão do deputado, ao ser gravado clandestinamente.
Muitos consideram estranho, já que o clã como um todo prega honestidade e comportamento político impar, de sequer usar o fundão eleitoral e execra quem o utiliza, criticam também as relações de políticos com empresários. Passam a imagem de que só se relacionam com o meio empresarial em beneficio do município. A confissão, tanto desta doação ao deputado, assim como os R$ 360 mil reais despejados por uma família pela família Diniz na campanha do senador Cleitinho Azevedo, e outros R$ 100 mil na campanha de Eduardo Azevedo, totalizando R$ 460 mil reais, ou seja, quase meio milhão, é contraditório ao que pregam.