Divinópolis: Empresários denunciados pelo prefeito, dizem não ter provas materiais do envolvimento do vereador Print Junior em recebimentos de propina; Kaboja quem o citava

Nas investigações conduzidas pela Comissão Processante da Câmara Municipal de Divinópolis, várias oitivas já foram realizadas nos dias 31 de janeiro e 07 de fevereiro, as quais trouxeram revelações surpreendentes, quando os empresários  Douglas José Prado Athayde Vieira, Hamilton Antônio de Oliveira, Eduardo Costa Amaral,  Waldinei Alves Arantes, Walmir Alves Arantes, João Paulo Gomes,  Nicácio Diegues Júnior e Paulo Adriano Cunha, sendo que este último negou até mesmo pagamento para Kaboja. O fato é que, alguns sequer conhecem o vereador Eduardo Print Junior e todos nunca discutiram assuntos de mudanças de zoneamento urbano, com ele e muito menos pagamento de propina. Sempre foi o vereador Kaboja, quem citava o nome do edil, além de mandar entregar dinheiro no posto, Contudo, sem  materialidade de que Print,  tenha de fato pegado o dinheiro.

Na próxima sexta-feira (16) serão ouvidas duas empresárias, Lúcrécia Gontijo de Almeida Correa e Silvia Madureira, além de Adaberto Rodrigues de Souza.

Os depoimentos contradizem frontalmente as alegações apresentadas em novembro de 2023, pelo ex-vereador renunciado e pré-candidato a prefeito Sargento Elton Tavares, juntamente com o advogado Eduardo Augusto, os quais em conjunto solicitaram a cassação de Print Júnior. Eles basearam suas alegações em supostos pagamentos feitos pelos empresários ao edil.

O esclarecimento de que os empresários negam qualquer vínculo com o vereador Print Júnior, jamais tendo feito alguma transação financeira ou tido contato com ele, lança nova luz sobre as acusações que pairam sobre o parlamentar desde maio do ano passado. Essa nova perspectiva pode ter um impacto significativo no rumo das investigações e na percepção da opinião pública sobre o caso.

A Comissão Especial ainda ouvirá alguns depoentes, como o prefeito de Divinópolis – autor primário da denúncia no Ministério Público tendo colhido gravações clandestinas dos envolvidos e provocado ao órgão consultivo. Os membros da comissão prometem aprofundar ainda mais as investigações, buscando esclarecer todas as questões pendentes e garantindo um processo transparente e justo para todos os envolvidos.

Todos os empresários que compareceram ao plenário da Câmara de Divinópolis, se mostraram visivelmente constrangidos em terem sido colocados em tal situação, por um grampo, ou seja gravação não autorizada feita pelo prefeito Gleidson Azevedo, que posteriormente os denunciou por corrupção passiva.   O Divinews chegou a receber pedidos de que não os expusessem, pois se sentiram usados em uma questão política que eles não tinham nada a ver. “Me senti usado de uma forma escandalosa e vergonhosa. Quero distância de política de um modo geral e esse povo que  está na prefeitura, não quero ver mais nem pintado de ouro. Que ele conseguisse descobrir de outra forma, não nos usando e nos expondo desse jeito. A corrupção tem sim que ser denunciada, mas não da forma que esse prefeito fez. Não o fez pela corrupção mas para aparecer e usou a gente”, pediu anonimato para não ser perseguido, “nunca vi uma coisa dessa nos muitos anos que atuo no ramo”, disse ele.