PIB cresce três vezes mais que o esperado no 2º trimestre do governo Lula; consumo das famílias contribuiu em 0,9%

Publicado por: Redação

Em análise econômica da jornalista do O Globo, Miriam Leitão, era esperado que o PIB fosse desacelerar depois de saltar 1,8% no primeiro trimestre, com a maior parte dos economistas e analistas de bancos e corretoras esperando uma alta de 0,3% no segundo semestre – Mas a atividade econômica se expandiu 0,9% no período, bem acima da expectativa. Entre abril e junho, a soma dos bens e serviços produzidos no Brasil foi de R$ 2,651 trilhões, segundo os números divulgados hoje pelo IBGE.  No primeiro semestre, a alta foi de 3,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. Entenda os motivos para a surpresa positiva abaixo.

Serviços e indústria extrativa mostram força

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De acordo com o órgão, o crescimento é explicado pelo bom desempenho da indústria, que avançou 0,9%, e dos serviços, que cresceram 0,6% – neste último caso, é importante lembrar que o setor, que cresce há 12 trimestres seguidos, responde por cerca de 70% do PIB.

– O que puxou esse resultado dentro do setor de serviços foram os serviços financeiros, especialmente os seguros, como os de vida, de automóveis, de patrimônio e de risco financeiro. Também se destacaram dentro dos outros serviços aqueles voltados às empresas, como os jurídicos e os de contabilidade, por exemplo – disse a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

No caso da indústria, houve alta pelo segundo trimestre consecutivo, e o destaque ficou por conta das indústrias extrativas (com alta de 1,8%), construção (+0,7%), eletricidade e gás, água, esgoto e atividades de gestão de resíduos (+0,4%) e das indústrias de transformação (0,3%).

Consumo das famílias veio forte

O consumo das famílias teve alta de 0,9%, na maior alta trimestral desde o segundo trimestre de 2022.

– Do lado positivo, o mercado de trabalho vem melhorando constantemente, há o crescimento do crédito e várias medidas governamentais como incentivos fiscais, vide redução de preços de automóveis, e os reajustes nos programas de transferência de renda, notadamente o Bolsa Família – apontou Palis. – Por outro lado, os juros seguem altos, o que dificulta o consumo de bens duráveis, e as famílias seguem endividadas porque, apesar do programa de renegociação de dívidas, elas levam um tempo para se recuperar.

Agro recua, mas está em patamar bastante alto

A agropecuária teve queda de 0,9%. Mas a base de comparação, que é o trimestre anterior, teve um salto de 21%, desempenho impulsionado pela safra recorde de grãos no país.

– Se olhamos o indicador interanual, vemos que a agropecuária é a atividade que mais cresce – apontou Palis. – O resultado é menor porque é comparado ao trimestre anterior, que teve um aumento expressivo. Isso aconteceu porque 60% da produção da soja é concentrada no primeiro trimestre.

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