Depois de quase 10 anos, Prefeitura de Divinópolis deixa população sem ônibus urbano e gera caos de mobilidade na cidade

Publicado por: Redação

A última paralisação que se tem notícia ocorreu em 2014, porem, na manhã dessa segunda-feira (28), a população de Divinópolis amanheceu surpresa, após descobrir que ficou sem ônibus para seus compromissos diários, como trabalho, escola, consultas médicas, entre outros. Isso porque os motoristas do Consórcio Transoeste resolveram entrar em greve. Houve relatos em diversos grupos de mensagens e nas redes sociais, de revolta das pessoas que perderam o dia de estudo e serviço, chegaram atrasadas ou tiveram que usar recursos financeiros próprios para pagar carros por aplicativo, e outros mesmo sem condições tirarem o carro da garagem, gastando combustível que não estava programado em seus orçamentos. 

A paralisação foi devido ao resultado do Projeto da Prefeitura, Lei EM 020/2023, que foi votado na Câmara Municipal semana passada, que colocou os trabalhadores da empresa para pagar multas de R$ 200 até R$ 600, uma vez que a emenda do vereador Flávio Marra (Patriotas)  para dividir os valores pela metade, foi rejeitada no Legislativo. Além do parlamentar autor do texto modificativo, defenderam a redução, o vereador Eduardo Print Júnior, Edsom Souza e Rodyson do Zé Milton. No entanto, outros 11 agentes votaram para que o projeto não fosse alterado e o valor das multas se mantivessem altas.

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Padrão das multas

Esses valores são definidos pela UPFMD – Unidade Padrão Fiscal do Município de Divinópolis, que atualmente está em R$ 92. Ou seja, se um motorista sair com uma lanterna quebrada ou alguma parte do veículo fora do lugar, como eles fazem em média até 10 viagens, esse valor pode ser multiplicado e o trabalhador nem conseguir pagar.

Segundo confirmações de alguns motoristas, os mesmos vinham sendo obrigados a assinar vales em desconto no salário e muitos deles nem mesmo conseguem cumprir com as obrigações mensais básicas, como alimentação de suas famílias e afins.

A paralisação só se encerrou depois que o sindicato da categoria se reuniu com membros da Prefeitura e vereadores. Ficou acordado entre as partes que o Executivo deverá mandar novo projeto à Câmara em até 10 dias e rever a questão das infrações, para além de outros embróglios reclamados pelos motoristas.

Vale ressaltar que em 2021 e 2022, a TransOeste recebeu da Prefeitura mais de R$ 6 milhões de reais. Em outras palavras, a empresa, mesmo não cumprindo o contrato de prestação de serviço ainda foi beneficiada, enquanto os trabalhadores não tiveram seus direitos atendidos, como até mesmo o plano de saúde, conforme profissionais da empresa relataram.

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comentários

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  1. antonio disse:

    o que mais me admira, é que todo mundo sabe que o transporte coletivo e Divinópolis é de ruim a péssimo, porem nenhum “EDIL” se propõe a fazer um projeto de lei criando um (TRANSPORTE ALTERNATIVO DE VANS) será porquê?

  2. Neusa Eni Alves Silva disse:

    Esses são nossos vereadores.lembrem isso nas urnas pessoal

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