Pai de Tiago José, conta versão sobre ataque sexual do secretário de Administração de Divinópolis; receia que vídeo com provas desapareça

"estão tentando inverter. Minimizar o assédio sexual, que é crime e maximizar somente a agressão"

Publicado por: Redação

Bom dia, Geraldo Passos! Meu nome é Dalmon e sou pai do Tiago José estou lhe enviando meu depoimento sobre a terrível ocorrência de assédio com meu filho – Meu filho é de uma cidade pequena do interior, está aqui há apenas 3 meses está em Divinópolis e desde o segundo dia está trabalhando. Ele tem raízes, família é um menino bom. Não estamos com isso retirando a responsabilidade dos erros que cometeu. Mas não podemos deixar que se torne o vilão de uma história em que ele foi a maior vítima.

Ele estava em uma festa, quando quis vir embora, tentou pedir um UBER e não estava conseguindo, foi quando o Tiago Nunes ofereceu carona a ele dizendo que estava vindo para a mesma direção. Mas ele parou o carro e tentou assediá-lo. Nosso filho é um menino, ficou extremamente assustado, nervoso, disse que não queria, que gostava era de mulher, mas, segundo ele não adiantou.

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O abusador, continuou, inclusive, debruçando em cima dele, forçando, agredindo e mordendo. Foi quando ele perdeu a cabeça e o agrediu e pensou no seguinte: ele não sabia nem o nome do rapaz, não sabia se ele estava armado, então num ato de desespero ele o jogou para fora do carro e foi em direção à delegacia para dar queixa pelo assédio, pensando que o carro seria uma forma de identificá-lo.

Nesse meio tempo, muito nervoso, entrou em contramão e quase atropelou uma pessoa, ele estava assustado, desesperado, como ainda está com a situação.

Ele parou o carro, tentou ligar para a polícia, sem sucesso, deixou o carro na porta de um bar e seguiu rumo à delegacia. Mas antes ele fez uma filmagem dizendo o que estava acontecendo e que estava deixando o carro ali. Com tudo dentro, que não era dele, que havia sido assediado e que estava indo à delegacia.

Na porta da delegacia ele bateu, não foi atendido, então ele ligou para a PM e ficou 3 minutos e 40 segundo informando o que tinha ocorrido, que tinha sido assediado.

E volta para a porta do Hora 10 onde tinha deixado o carro, foi quando a polícia chegou e o apreendeu. Todas as provas estão no celular dele que foi deixado com o delegado, as tentativas de chamada de UBER, as duas ligações dele para a Polícia, uma 3minutos e 40 segundos e uma de 50 segundos, uma filmagem de quando ele deixa o carro na porta do Hora 10 com todos os pertences dentro, informando que o carro não era dele e que estava sujo de sangue e desce para a delegacia para fazer o BO, e a filmagem na porta da delegacia.

É muito triste ver como a situação está sendo distorcida, meu filho após ser vítima de abuso ainda ser preso e sair como o errado da história. Sensação que realmente poder e influência aqui tem voz.

Triste ver notícias falando de que meu filho foi covarde e bateu muito, sendo que ele tentou sair do carro e o Thiago Nunes não deixou, tentando forçar o abuso e sim também bateu no meu filho que está bem machucado.

Esse Secretário fala como se fosse vítima de uma covardia de agressão, mas não conta a parte que bateu no meu filho, que insistiu tentando abusar e não aceitou que “não é não”. Meu filho é um menino que acabou de fazer 18 anos.

Ele não roubou carro nem carteira como está sendo divulgado, tanto que ao puxarem os dados é claro que ele não usou nada do Thiago, isso é apenas mais uma articulação para o abusador sair como vítima.

Tiago José, meu filho é um menino honesto, trabalhador, desde que chegou na cidade trabalha todos os dias, ajuda em casa e nunca faria uma barbaridade de roubar alguém.

Ninguém sabe o desespero que é de tentar ser abusado, ser agredido, sair desesperado e ainda sair como o vilão, triste realidade. Espero de coração que a justiça seja feita e que o verdadeiro criminoso da história, abusador seja detido.

E que outras pessoas que já foram assediadas e intimidadas, tenham força pra denunciar, para que a justiça seja feita.

  • O pai de Tiago receia que, o celular que foi entregue e que contem a gravação do filho na porta da Delegacia contando sobre o fato, e que pegou o carro não como roubo, mas para fugir do local do assédio,  o próprio celular ou mesmo a gravação desapareçam.

 

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