Pais de alunas da Escola Estadual Sagrado Coração, no Bairro São Luiz, em Divinópolis, protestaram hoje, sexta-feira (18) contra o fechamento da instituição. Com faixas, cartazes e gritos de ordem, denunciaram a falta de transparência da Superintendência de Ensino na condução do processo. A escola, inaugurada há 50 anos, irá encerrar as atividades no final deste ano letivo. Os alunos serão transferidos para a Escola Estadual São Vicente e o prédio será repassado para a Prefeitura, que aglutinará no local duas escolas municipais, o Cmei Maria Dalva e a Escola Darcy Ribeiro.
“O que a gente não entende é porque vão tirar os alunos que estão ambientados aqui no Sagrado Coração e levar para uma outra escola, que tem menos alunos. E ainda vão tirar a única escola pública que atende crianças menores no Niterói e trazer pra cá. Ou seja, só vão dificultar a vida de todo mundo”, disse Adriana Reis. Com um cartaz nas mãos, questionou as dificuldades que estão sendo criadas. “Não houve nenhum diálogo com os principais interessados, os alunos e os pais”, declarou.
O vereador Rodyson do Zé Milton, que já havia denunciado a situação ontem, na reunião da Câmara, participou da manifestação e cobrou maior clareza nessas ações. “Pelo que estamos entendendo, essa logística entre Estado e Prefeitura irá sepultar de vez a construção da Escola Municipal Darcy Ribeiro, no Niterói. O imóvel está lá há anos e os recursos empenhados para a construção da escola, numa área nobre do bairro, um lote enorme e uma localização estratégica para esse tipo de escola”, questionou o vereador.
Segundo ele, a comunidade tem motivos de sobre para essa cobrança. “A construção do prédio do Darcy Ribeiro é um compromisso que Divinópolis tem com toda aquela região, já que irá beneficiar não só o Niterói, mas também os bairros Espirito Santo, Halim Souki, parte do Manoel Valinhas, Itaí e até mesmo alunos da área central próximo à Catedral”, alegou Rodyson. “Na segunda-feira, haverá uma reunião da Superintendência de Ensino com a comunidade escolar, às 18 horas, na própria escola e é fundamental a participação de todos. Com certeza, estaremos lá”.
