Quem são os políticos e empresários de Divinópolis que financiaram a viagem dos bolsonaristas terroristas para ataque em Brasília

Quem são os políticos e empresários de Divinópolis que financiaram a viagem dos bolsonaristas terroristas para ataque em Brasília? – As forças de segurança seguem fazendo levantamentos para descobrir de onde saíram os recursos para financiar as viagens dos bolsonaristas que atacaram Brasília ontem à tarde. A delegacia da Polícia Federal em Divinópolis confirmou com exclusividade ao Divinews que está trabalhando para identificar todos os divinopolitanos envolvidos na invasão e depredação do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto. E os empresários e políticos que pagaram o transporte e alimentação dos golpistas podem responder criminalmente.

A Polícia Civil do Distrito Federal não confirma oficialmente os nomes dos detidos durante o ataque às sedes dos três poderes, mas várias pessoas da região, que participaram da tentativa de golpe, já foram identificadas. Nas redes sociais há relatos de que pelo menos quatro ônibus com bolsonaristas partiram de Divinópolis rumo a Brasília. E as investigações agora querem chegar a quem financiou a viagem dos grupos.

Horas após da invasão e depredação dos prédios, o Ministro da Justiça Flávio Dino afirmou que a polícia já havia identificado todos os ônibus que transportaram os criminosos até Brasília. Por ordem do ministro Alexandre de Morais, do STF, foram apreendidos 87 veículos que estavam estacionados perto da Granja do Torto, e que teriam levado os terroristas para a manifestação. Ainda não foi divulgada a origem dos ônibus apreendidos em Brasília.

Em Divinópolis o poder público passou pano e até chegou a emitir alvará para a manifestação bolsonarista que fechou ruas e fez baderna em frente ao Tiro de Guerra durante cerca de dois meses. O movimento golpista na cidade tem a participação de políticos, ex-políticos, empresários, promotor de justiça aposentado e várias outras pessoas, que certamente aproveitaram o tempo em frente ao TG para orquestrar o ataque a Brasília. E nada foi feito para impedir a escalada da violência e a conspiração golpista.

Os criminosos divinopolitanos que viajaram para Brasília chegaram a tirar foto em frente a um ônibus de viagem de dois andares. Um veículo modelo novo, bastante confortável. Pessoas ligadas ao setor de transportes que foram ouvidas pelo Divinews afirmam que o fretamento de um ônibus para Brasília deve ter custado em média R$ 10 mil. E o custo total da viagem inclui ainda as despesas com alimentação e outros gastos. Mas afinal, quem é que pagou essa conta? Em um dos vídeos compartilhados durante o ataque ao Senado, um dos golpistas, sentado na cadeira da presidência da casa, diz que esperava conseguir mais apoio financeiro para permanecer em Brasília.

O dinheiro para pagar o fretamento do ônibus e alimentação para o grupo de golpistas teria vindo de doações sigilosas feitas por empresários e políticos da região. Especula-se, inclusive, que figuras bastante conhecidas na cidade e agora, no cenário nacional, tenham financiado a viagem dos criminosos.

Na decisão do STF o ministro Morais determina, ainda, que os proprietários dos ônibus sejam intimados a prestar depoimento e que sejam obrigados a entregar a “relação e identificação de todos os passageiros, dos contratantes do transporte, inclusive apresentando contratos escritos caso existam, meios de pagamento e quaisquer outras informações pertinentes”. Com a investigação em andamento, a expectativa é que muito em breve sejam divulgados os nomes dos bolsonaristas conspiradores, que financiaram a tentativa de golpe em Brasília e que, até agora, tentam permanecer escondidos, sem que ninguém saiba do que são capazes.

Tanto os bolsonaristas que foram para Brasília quanto os que ficaram por aqui, escondidos, financiando a tentativa de golpe, podem responder por vários crimes. Dependendo da participação de cada um, é possível que os criminosos respondam por organização criminosa, crime contra o Estado Democrático de Direito, Invasão e Prevaricação. É bem provável que muito em frente sejam divulgados os nomes dos divinopolitanos participantes e dos financiadores. As máscaras vão cair e as pessoas vão saber que há quem se diz ser “cidadão do bem”, mas que na verdade, incentiva e financia crimes contra o país.

Uma das empresas fretadas para levar os golpistas para Brasília, tendo como base imagens das redes sociais é a Eumar,  Tur com sede em Matheus Leme, na Avenida Alameda Ipê Roxo, 154. O Divinews tentou contato com a empresa, contudo, não conseguiu. Existe ainda a informação, não confirmada oficialmente de que a contratante do ônibus seria Cristina Gonçalves, que é proprietária de uma loja da Herbalafife na cidade, que inclusive aparece em fotos de redes sociais assim como outros divinopolitanos desembarcando em Brasilia.

O Divinews, por sua linha editorial segue investigando para chegar e divulgar após comprovação oficial, ou até mesmo passar os para as autoridades competentes, de quem são os financiadores de tais atos criminosos na capital federal.