Simone Tebet vai para o Ministério do Planejamento com PPI, mas sem bancos públicos

Publicado por: Redação

Nesta terça-feira (27), após sua conversa com Lula, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) decidiu aceitar assumir o Ministério do Planejamento e Orçamento no governo.  após as incertezas que ocorreram nos últimos dias envolvendo a possibilidade de que a pasta abrigasse também bancos públicos – Os últimos acertos da abrangência da pasta serão fechados por Lula nos próximos dias, mas aliados da senadora apontam que ela conseguiu manter sob seu comando o PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) —que por acerto anterior ficaria na Casa Civil – Segundo políticos próximos da negociação, o futuro ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, informou ao MDB que o PPI vai ser subordinado ao Planejamento. A senadora também teria sob seu comando o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) – Além disso, também estaria sob sua responsabilidade a área de relações internacionais com bancos de desenvolvimento.

Terceira colocada nas eleições, a emedebista apoiou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno e participou ativamente da campanha eleitoral. Seu apoio foi considerado fundamental para a vitória do petista.

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Tebet, 52, é advogada e professora. Já foi deputada estadual em MS, prefeita de Três Lagoas (MS) por duas vezes e vice-governadora. Após a vitória do petista, foi anunciada para compor a área de desenvolvimento social do grupo de transição.

Desde a eleição, a senadora chegou a ser cogitada para outras três pastas além do Planejamento. Tebet queria inicialmente a Educação, que acabou ficando com o senador eleito Camilo Santana (PT-CE). Depois pretendia ficar com o Desenvolvimento Social, para controlar o programa Bolsa Família. Lula, no entanto, anunciou o também senador eleito Wellington Dias (PT-PI).

Lula na sequência teria oferecido o Meio Ambiente, que Tebet recusou em favor da deputada eleita e referência na área, Marina Silva.

O MDB, por sua vez, tem deixado claro nas negociações que a indicação de Tebet não está contida na cota do partido e que se trata de uma escolha pessoal de Lula. A sigla briga por duas pastas finalísticas. Vai indicar o senador eleito Renan Filho (MDB-AL) para o Ministério dos Transportes. A pasta das Cidades deve ficar com um indicado da bancada emedebista da Câmara.

Tebet queria manter sob controle do Planejamento os bancos públicos, para poder implantar algumas vitrines de gestão e não apenas gerenciar recursos para o restante do governo, mas a ideia foi rechaçada.

Mesmo a questão do PPI deve virar uma dor de cabeça para Lula. O futuro ministro da Casa Civil, Rui Costa, não quer abrir mão da administração do programa. Além disso, a ex-ministra Miriam Belchior foi indicada para a secretaria-executiva da Casa Civil justamente para monitorar o PPI.

Rui Costa chegou a indicar um aliado especificamente para coordenar o programa. A Secretaria Especial do Programa de Parcerias e Investimentos seria comandada pelo atual secretário de Infraestrutura da Bahia, Marcus Cavalcanti.

Aliados da senadora têm dito que a sua posição não seria necessariamente rígida. A senadora queria ter direito sobre as decisões do programa, mas sinalizou que não se opõe a que a execução fique em outro órgão ou pasta.

Apesar de ter aceitado as condições, Tebet pretendia ressaltar para Lula que não queria o controle sobre as indicações para os bancos públicos, mas apenas que eles ficassem sob o seu guarda-chuva. No entanto, tem sido aconselhada por alguns aliados a ficar fora dessa questão.

Por outro lado, seus aliados afirmam que ela vai abrir discussão para manter sob seu controle —ou pelo menos para ter um “alinhamento”, como afirma um aliado— a execução dos fundos constitucionais. Também estaria no pacote ter o controle sobre a área de relações internacionais dos bancos de desenvolvimento, que abrangeria, por exemplo, indicação para o conselho do FMI (Fundo Monetário Internacional).

Na noite de segunda-feira (26), o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou não ver dificuldades em uma eventual indicação de Tebet para o Planejamento. Nos bastidores a indicação da emedebista não foi bem aceita pelo ex-prefeito de São Paulo sob o argumento de que ele e Tebet têm visões diferentes sobre a condução da área econômica.

Haddad chegou a conversar com integrantes do MDB e fazer um apelo para que o senador eleito Renan Filho (MDB-AL) assuma a pasta.

 

Fonte: Folha

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comentários

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  1. Anonimo disse:

    Vamos trabalhar moçada pra tratar.da esquerda! Tem muito pão com mortadela pra esse povo comer!

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