Motivo da superlotação da UPA Divinópolis: recusa de pacientes e familiares em aceitarem transferências para outros hospitais da Região

Publicado por: Redação

A Secretaria de Saúde de Divinópolis emitiu uma nota explicando que os munícipes de Divinópolis e de cidades vizinhas que pertencem a microrregião, como Araújo, Carmo do Cajuru, Perdigão, São Gonçalo do Pará e São Sebastião do Oeste) que têm a Unidade de Pronto Atendimento Padre Roberto (UPA Divinópolis), como referência para atendimento dos casos de urgência quando atendidos na UPA e que é necessário serem internados estão recusando vagas de leitos que a Central de Regulação disponibiliza para eles em outros hospitais da região, tanto em enfermarias quanto, até mesmo em  UTI – Essa recusa que ocorre há algum tempo, desde governos passados, e continua a acontecer com frequência, gerando com isso graves consequências para todo sistema saúde de atendimento de emergência, pois impede o atendimento de outros pacientes em estado grave que procuram a UPA.

Essa recusa de vaga ocorre quando pacientes têm sua vaga disponibilizada pela Central de Regulação de Leitos em determinado hospital, fora do município de Divinópolis, que detém recursos para atender a complexidade que aquele caso exige. A recusa é feita de forma voluntária, geralmente pelo próprio paciente ou familiar do paciente, seja por um contexto social de deslocamento, ou não.

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Quando ocorre esse tipo de situação, o paciente permanece ocupando um leito na UPA, restringindo o acesso de outro usuário que poderia estar ocupando aquele mesmo leito, ficando esse paciente alocado em um leito por mais de 24 horas, que foge à finalidade da UPA, que não é um hospital.

Essa atitude dos pacientes e familiares contribui, sobremaneira, para a alta ocupação da UPA Divinópolis, impactando de forma negativa na prestação de serviços das equipes de enfermagem e médica da unidade.

Apenas neste mês de julho, segundo a Secretaria de Saúde, foram registradas  23 recusas de transferência de pacientes que estão na UPA 24h Padre Roberto em Divinópolis, para hospitais de outros municípios, que dispõe de serviços de Alta Complexidade, leitos de UTI e de enfermaria, em cidades  como Luz, Lagoa da Prata, Bom Despacho, Formiga, Campo Belo, entre outras.
Técnicos da Secretaria acompanham rotineiramente, pelos canais de mídia e redes sociais, pacientes e familiares clamando por vagas em hospitais e, não raro, judicializando a saúde para ter acesso ao tratamento hospitalar demandado.

É sabido que os hospitais conveniados da rede SUS padecem com a escassez de oferta de leitos, sejam eles de enfermaria ou, principalmente, de CTI. A abertura de novos leitos depende em suma da União e do Estado e, esse déficit ocasiona a superlotação dos leitos existentes.

Ainda de acordo com a Secretaria, nesse cenário, onde tantos outros pacientes estão na busca de uma internação para si ou para seus familiares, é desconexo e mesmo irresponsabilidade social, recusar transferência.

O coordenador da Central de Regulação de Leitos da Macro Oeste, Cláudio Fernandes de Castro, ressalta que esse fato traz consequências extremamente negativas para toda a macrorregião e, principalmente, para os usuários da UPA Divinópolis. Ao recusar o leito disponibilizado, o paciente, muitas vezes, perde a chance de acesso a um serviço muito mais resolutivo que aquele em que ele se encontra, com acesso a recursos assistenciais e tecnológicos não disponíveis em uma UPA.

Essa recusa e o tempo de espera para uma vaga no próprio município, que muitas vezes não é disponibilizada em tempo hábil pelos motivos já citados acima, pode fazer toda a diferença para um bom desfecho daquele caso.

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comentários

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  1. Anônimo disse:

    Claro que as famílias não vão querer ser transferidas para outras cidades, a prefeitura transfere e esquece que o acompanhante, precisa comer, precisa de lugar para ficar e por aí vai! Transferem o “problema” e esquece os problemas enfrentados pelos familiares.

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