Por Vítor Costa: Deputado Cleitinho Azevedo pratica ‘pinkwashing’ para se promover e à família que elegeu; agora, o irmão Eduardo Azevedo age como homofóbico e transfóbico

Publicado por: Redação

O termo “pinkwashing” é utilizado quando alguém se apropria do movimento LGBTQ+ para promover uma agenda comercial ou política. Exemplificando: são pessoas que se passam por simpatizantes para ganhar a aprovação da comunidade LGBTQ+, mas, na verdade, assim agem em benefício próprio, em busca de curtidas, dinheiro, visualizações e votos – Nesse mesmo viés, o Deputado Estadual Cleitinho Azevedo (PSC), candidato ao Senado este ano, durante sua carreira de músico protagonizou os mais variados videoclipes, dos quais destaco a obra intitulada “Garota Travesti”, que usava da imagem diversas pessoas transexuais populares de Divinópolis. Naquele período em que da gravação foi realizada, tinha como justificativa para as produções dar visibilidade à pauta de inclusão de transgéneros na sociedade. Acontece que este mesmo Cleitinho, “raiz”, desapareceu. Atualmente, na condição de Deputado, votou contra os direitos de toda a comunidade LGBTQIAPN+. Sendo o maior dano causado por Cleitinho à comunidade com a qual dizia simpatizar a utilização de sua popularidade para eleger seu irmão a vereador.

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TEM OUTRO

Aquele mesmo Cleitinho, que dizia promover a cidadania de pessoas trans, teve a oportunidade de fazê-lo na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) ao votar o Projeto de Lei (PL) 2.316/20, que propunha alterar a Lei 14.170/02, caracterizada por impor sanções a pessoas jurídicas que discriminem pessoas em função de sua orientação sexual, além de acrescentar a punição em caso de discriminação por identidade ou expressão de gênero. Porém, no instante em que o projeto foi covardemente atacado pela base reacionária da ALMG, sendo acusado de promover a “ideologia de gênero”, Cleitinho, influenciado por seu irmão Vereador, não aguentou a perseguição dos bolsonaristas: arrependeu-se do seu voto favorável e iniciou uma manifestação pública pedindo para que o Governador Romeu Zema vetasse o PL. Assim, após o veto, o projeto retornou à Assembleia e foi derrotado.

Na Câmara Municipal de Divinópolis não foi diferente. A vereadora Lohanna França (PV), ao protocolar o PL CM n° 088/2022, formulado coletivamente por membros da comunidade mencionada, incluindo eu, foi alvo de ataques munidos de Fake News por parte do Vereador e irmão do Deputado Cleitinho. Isso mediante as discussões do projeto que faz referência à portaria Nº 2.836, de 1 de dezembro de 2011, ao sugerir que o projeto vai contra a segurança pública e geraria riscos para crianças e mulheres que dividem banheiro com pessoas trans. Nas polêmicas criadas pelo Vereador estava nítido que ele não tem intenção de defender a família. Sua intenção é conseguir engajamento através de factoides e teorias conspiratórias. E para embasar seu marketing preconceituoso, em um vídeo utiliza duas manchetes internacionais, uma das quais simplesmente distorcida, vez que os fatos citados não aconteceram em banheiro público, mas, sim, residencial. Além do que, em sendo verdade, os fatos apresentados são a exceção que provam a regra dos casos nacionais e igualmente prováveis em banheiros convencionais, conforme a realidade demonstra reiteradamente.

As insinuações feitas pelo Vereador, portanto, denotam muito preconceito, e acaba por gerar um desespero deletério na opinião pública. Fomenta, diretamente, a homofobia, que ameaça a integridade de todos os membros da comunidade. Principalmente quando se faz a antiquada vinculação de pessoas do meio à pedofilia. Além disso, alegar que homens mal intencionados podem se aproveitar de possíveis brechas na lei de saúde para cometer o abuso infantil em banheiros de gênero neutro é uma especulação fundada em argumentos enviesados, que omitem um detalhe nada sútil: a maioria dos abusos de menores ocorre dentro de sua própria casa, sobretudo em lares constituídos por famílias ditas tradicionais.

Em suma, pessoas ruins existem, estão nas ruas, nas tribunas e podem estar nos banheiros, mas não precisam de respaldo legal para cometer barbáries. Contrapondo-se factualmente a isso, pessoas trans são expulsas de banheiros públicos à força. Temos vários casos nacionais noticiados e relatos de pessoas trans de Divinópolis que comprovam minha afirmação.

Por me colocar na vanguarda da oposição aos Azevedo, posso dizer com propriedade que quando dirijo alguma crítica ao Prefeito Gleidson Azevedo encontro pessoas que discordam do meu posicionamento. Dizem, normalmente, que a cidade está ficando mais bonita, estabelecem comparações com a gestão anterior. Entretanto, concordam que poderia haver uma melhora na administração, saúde e em outros setores. Em geral, portanto, quando critico o trabalho do Deputado Cleitinho Azevedo, também encontro pessoas que discordam em partes do meu posicionamento, alegando que, mesmo priorizando métodos populistas e nada cordeais, cumpre seu papel de fiscalizador. Todavia, com o Vereador não é assim, está cada vez mais raro encontrar quem o defenda. E para ele isso é preocupante, porque seguidores comprados não são capazes de eleger seu irmão, ora Deputado Estadual.

Percebam que seu engajamento, assim como sua vitória nas urnas é resultado do escoramento nos seus irmãos, o que o leva a ocultar todas as curtidas das publicações em que está sozinho. Contudo, não podemos subestimar sua rede, que a cada polêmica inventada cresce organicamente, sem oposição popular expressiva o suficiente para contê-lo.

Aos nossos:

Conversei com alguns especialistas do marketing político e todos pontuaram a dificuldade enfrentada por Cleitinho para a disputa ao senado.

Com apenas uma vaga, terá que competir com outros candidatos que têm formação acadêmica, decoro e fundo eleitoral. Bem como dois de seus concorrentes contarão com o apoio dos dois principais presidenciáveis para ocupar o cargo. Apesar disso, em meio a tantas desvantagens, o maior erro estratégico de Cleitinho foi ao apoiar diretamente a eleição de seus dois irmãos. A população que acreditava no seu trabalho como parlamentar depositou um voto de confiança em seus parentes, a decepção com o trabalho deles pode impactar diretamente a votação de Cleitinho na região do Centro-Oeste de Minas.

Dadas as circunstâncias, proponho uma nova estratégia à oposição. A cada contenda gerada pelo Vereador protofascista fica mais difícil de combatê-lo com a verdade, que não viraliza em mesma proporção. É necessário, então, responsabilizar diretamente o Deputado Cleitinho pelos erros de seus irmãos – ambos só foram eleitos por meio da manifestação deste.

Não podemos nos perder ao criar palco e comprar as brigas do Vereador. Não importa o que ele faça, não é incapaz de se eleger sem o trabalho do irmão. Espero que ao ver seu irmão deputado, antes puxador de votos, prejudicando seu trabalho – ou a ausência dele -, reveja suas atitudes discriminatórias. E em paráfrase da frase de Antoine de Saint-Exupéry, provoco: tu te tornas eternamente responsável pelo irmão que eleges.

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comentários

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  1. Vicente disse:

    Vende até a alma para conseguir votos. Acho que pode se tornar outro Doria, Joice e Frota querendo votos dos eleitores do Bolsonaro.

  2. Anônimo disse:

    BANDO DE.LIXO E VERME HIPOCRITA. VENDE A ALMA ALUGA O PAI E COLOCA A MAE NA CASA DE TOLERANCIA PRA GANHAR VOTO E FAZER ESSA PUDRIQUEIRA DE POLITITICA

  3. Berenice Costa disse:

    Perdeu meu voto e de minha familia.

  4. Anônimo disse:

    Muita coisa pra ler, esperar virar filme.

    1. Christiam pais floriano disse:

      Deixa a gente baixar esse vídeo dele chutando a cara do Bolsonaro

  5. Júlio cesar disse:

    Lamentável o Cleitinho tão aberto e seu irmão Eduardo Azevedo só fala de banheiro e completamente intolerante a classe lgbtqi+

  6. Rafael Matos disse:

    Mimimi, mimimi e mimimi!

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