Após o caso das vans envolvendo as emendas do deputado federal Léo Motta (PSL), novamente o CSSJD (Complexo de Saúde São João de Deus) pode ser ver envolvido em um novo escândalo, isso por que na prestação de contas da Secretaria de Saúde de Divinópolis, que ocorreu na última quarta-feira (15) no plenário da Câmara de Vereadores, com a presença do secretário Allan Rodrigo, e por ele também endossada a denúncia, o diretor de Regulação em Saúde Érico Souki fez pesadas e graves acusações ao Hospital São João de Deus (HSJD), ao declarar e exibir documentos que comprovam uma série de irregularidades nos lançamentos de cobranças de procedimentos médicos, que seriam efetivadas, caso a “Inteligência”, assim ele definiu a auditoria executada, não houvesse descoberto em tempo a indevida cobrança – Por exemplo, um procedimento com o valor real de R$ 13.000,00 estava na planilha de cobrança do hospital, para ser cobrado ao SUS o valor de R$ 36.000,00, portanto com uma diferença à maior de R$ 23 mil reais, e só não foi efetivada, segundo o diretor, por que foi descoberto antes, pela “inteligência”.
Diretor de Regulação Érico Souki
Érico Souki, ao lado do secretário Allan Rodrigo, exibiu em slides outros três procedimentos médicos, um deles com o valor de R$ 36 mil, que após ser auditado diminuiu para R$ 13 mil reais. No terceiro caso o valor lançado para ser cobrado ao SUS era de R$ 2.904,00 e passou a ser de apenas R$ 955,00 depois da atuação da “inteligência”. Já no quarto caso, o diretor de regulação além mostrar que o valor de um procedimento que era de R$ 5.748,77 e havia caído para R$ 599,30, diante da perplexidade e silêncio dos vereadores que acompanhavam a prestação de contas, afirmou que é o mesmo silêncio que ele obtém quando questiona tais disparidades de valores.
Quando Érico foi questionado por um dos vereadores, se tal irregularidade poderia ser considerada como superfaturamento, tanto ele quanto o secretário afirmaram que não podem caracterizar desta forma, pois não tem informação conclusiva que tais atos são cometidos intencionalmente, que para chegar a uma afirmação conclusiva seria necessário que houvesse uma investigação.
Secretário Allan Rodrigo
O fato é que, segundo as explicações da Diretoria de Regulação, o Hospital apresenta uma conta por um procedimento que não foi feito. Erico exemplificou com um caso de cranioplastia, que tem um custo quando é feito usando o próprio osso do crânio do paciente e outro custo quando é feito com outros materiais. Um tem o valor de aproximadamente R$ 2 mil reais, porém, diz Érico “o hospital cobra um procedimento de cranioplastia que não foi feito” – E seguiu em sua explicação: “O nosso médico supervisor detecta que o procedimento cobrado não é o correto e com isso ele glosa a cranioplastia que tem um custo bem mais caro de R$ 5 mil a R$ 10 mil reais”.
Os vereadores que estiveram presentes na prestação de contas, e que foram atuantes, questionaram se esses tipos de lançamentos maiores do que de fato foi feito no paciente, não estaria ocorrendo há muitos anos. E com isso lesando os cofres públicos. O secretário, e o diretor afirmaram não saber, e que é preciso fazer o levantamento de tal situação, porém, o diretor de regulação se adiantou e disse ser provável que existam centenas de casos como os que foram detectados pela “inteligência”.
Durante a Reunião Ordinária da Câmara na última quinta-feira (16), alguns vereadores que também estiveram na prestação de contas da Secretaria de Saúde, se pronunciaram preocupados com o caso, entre eles, o vereador Ademir Silva, Lohanna França, Edsom Sousa, Israel da Farmácia, e Rodyson do Zé Milton.
Vereador Rodyson do Zé Milton propõe que Comissão de Saúde da Câmara formalize suposta irregularidade ao Ministério Público
Pelo que sei, o que estão chamando de “ inteligência” é na verdade a auditoria. Isso existe a anos e não é novidade nenhuma. A auditoria serve justamente verificar as não conformidades e questionar. Afinal o hospital só pode receber depois de ser auditado. Ou estou errado? Eu eim?! Achei a reportagem tendenciosa e até caluniosa. Acusar o hospital de superfaturamento e titular a auditoria como se fosse um de inteligência… fica parecendo que está havendo roubo. Ora ora, se é auditado pela prefeitura, e isso acontece, estaria a prefeitura conivente?? Muito estranho. Persisto em dizer que isso é grave. Investigue.
Grave… e pra mim tá parecendo algo mais sensacionalista do que real. A reportagem ouviu o outro lado? Eu eim… que notíciamento pouco profissional.
Pedro você não entende! O outro lado, é o mesmo lado de quem denunciou. O município é o gestor fiscalizador da parte do hospital que atende pelo SUS. Portando, não haveria o contraditório do outro lado. O lado que poderia ter contraditório seria a saúde suplementar que é particular. São os dois quem tem que se entender. O fiscalizador com a fiscalizada. Porém, ambos são a mesma coisa.
Mais pra pra conta da ¨Elis¨ e seu capanga explicar…Aposto que vai aparecer chorando como sempre.
Denúncia grave