Vereadora Lohanna França vai ao MP após verificar cadastramento irregular na vacinação contra à Covid em Divinópolis

Na Reunião Ordinária desta terça (13), mesmo tendo elogiado a celeridade da vacinação em Divinópolis que está na frente de outros municípios, a vereadora Lohanna França (Cidadania) questionou veementemente a falta de publicação e transparência no site e nas redes sociais da Prefeitura, sobre o cadastramento e a vacinação.  Por esse motivo, a edil anunciou que entrou com uma representação no Ministério Público contra a Prefeitura.

(Veja ao fim da matéria a notificação ao MP, além do Ofício enviado ao Conselho Municipal de Saúde (CMS) e um Requerimento por ela solicitado o qual pede a explicação do Secretário de Saúde em relação a situação)

Na última sexta-feira (09), em ampla divulgação, a Secretaria de Saúde de Divinópolis convocou o cadastramento de 200 profissionais – não enquadrados nos parâmetros prioritários da Norma Técnica N°155, do Ministério da Saúde, a despeito do Plano Nacional de Imunização. A listagem das pessoas que efetuaram cadastro e aguardam na fila de reserva está online no site da Prefeitura até então, detalhada como Trabalhadores da Saúde – Prioridade 2. A lista com 2.276 pessoas traz um número de protocolo, o primeiro nome da pessoa a ser vacinada(o), seis dígitos do CPF e a profissão ao qual ela/ele pertence.

Segundo a vereadora Lohanna, ela recebeu a informação que embora tenha havido o cadastro no site, os  profissionais da saúde antes de serem vacinados passam por uma triagem antes do posto de vacinação e se for constatado que o cadastramento foi indevido, a vacina não é aplicada. “Vocês vão concordar comigo que 15 pessoas que estão indo sem ser a vez delas, além de perder o seu tempo, estão tirando tais vacinas dos braços de outras pessoas. Isso é desperdício de recursos humanos, e desperdício de tempo.”, apontou.

Essa é a lista exibida pela vereadora, onde supostamente existem profissionais da saúde que não deveriam se cadastrar.

A vereadora então resolveu informar ao Ministério Público quanto ao ocorrido. A edil sugeriu que a Prefeitura tome como exemplo o cadastramento da prefeitura de Belo Horizonte, que conforme ressaltou é exemplar em transparência e a vacinação em si. “Aqui é um preenchimento próprio da pessoa. A pessoa coloca a profissão do jeito que ela quer. Tanto é que na lista tem profissão escrito errado. Porque é livre preenchimento do usuário. Essa triagem deveria acontecer primeiro ali, no online. Isso é uma questão de inteligência, de usar os dados. De usar a tecnologia a nosso favor. É isso que eu pedi ao Ministério Público que faça essa solicitação, que vai ser muito melhor se a gente economizar os nossos recursos humanos que já estão tão escassos.” complementou.

Lohanna também enviou um Ofício ao Presidente do Conselho Municipal de Saúde, Warlom Elias, para informar quanto a permissão do cadastramento não prioritário. Foi feito também um requerimento para solicitar explicações por parte do secretário de saúde, Alan Rodrigo, referente aos cadastros da forma como estão em vigor.

Como é feito o cadastro para vacinação em BH

A exemplo de comparação, o cadastramento realizado em Belo Horizonte na vacinação da Covid-19 para os profissionais da saúde, solicita dados como: nome completo; data de nascimento, CPF; telefone para contato; registro profissional (caso tenha); se médico especialista (RQE), principal local de trabalho, endereço do local de trabalho, tipo de estabelecimento de saúde que a pessoa a vacinar trabalha e a categoria relacionada a função dela.

Leia a notificação ao MP, além do Ofício enviado ao Conselho Municipal de Saúde (CMS) e um Requerimento por ela solicitado, o qual pede a explicação do Secretário de Saúde sobre a situação dos cadastramentos atuais