“Nova Política” começa enganando servidores públicos municipais de Divinópolis; e leva cartão amarelo do SINTRAM

Publicado por: Redação

A “Nova Política” foi retratada em uma matéria publicada no site do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro Oeste (SINTRAM) que lamentou a postura dos vereadores que tiveram um posicionamento eleitoreiro antes do pleito, e após o resultado das urnas tiveram outro. O Sintram destacou negativamente, a ainda vereadora Janete Aparecida que antes, ainda como candidata a vice-prefeita da cidade, tinha uma posição favorável à aplicação da alíquota progressiva que os servidores municipais descontam para o Diviprev, e após ter sido eleita, mudou seu entendimento para a aplicação da alíquota linear de 14% desde março, como já é descontado atualmente, justificando que o ressarcimento aos servidores públicos sacrificaria os cofres do município e logicamente prejudicar o Prefeito eleito Gleidson Azevedo que toma posse em 1º de janeiro. (Veja a seguir a matéria do SINTRAM)  

A NOVA E A VELHA POLÍTICA: após eleições, vereadores mudam o voto e impõem duas duras derrotas aos servidores municipais de Divinópolis

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Vice-prefeita eleita alega ‘prejuízo para o próximo governo’ e vota a favor do veto que derrubou a alíquota progressiva

Em reunião extraordinária ocorrida na manhã desta segunda-feira (30), os vereadores de Divinópolis impuseram duas duras derrotas aos servidores municipais ao votarem pela manutenção do veto parcial do prefeito Galileu Machado (MDB) à Proposição de Lei 002/2020. A proposição, aprovada no Legislativo por unanimidade no dia 7 de outubro, estabeleceu a alíquota previdenciária progressiva a ser recolhida pelos servidores municipais de Divinópolis ao Instituto de Previdência da categoria (Diviprev). A proposta original do prefeito enviada à Câmara previa a aplicação da alíquota linear de 14%. Entretanto, na votação da matéria ocorrida em outubro, os vereadores aprovaram a emenda modificativa do vereador Renato Ferreira (PSDB), que estabeleceu a alíquota progressiva.

O prefeito Galileu Machado encaminhou veto parcial à Câmara, excluindo unicamente a aplicação da alíquota progressiva, mantendo o recolhimento linear em 14%. Além disso, a lei será retroativa a 1º de março de 2020. Com isso os servidores sofrem nova derrota, pois fica legalizado o recolhimento da alíquota de 14% que vem sendo praticado pela atual administração desde março. O recolhimento vinha sendo feito sem a cobertura de nenhuma legislação, portanto de forma irregular. Com a manutenção do veto na sessão de hoje da Câmara, além de manter a alíquota linear de 14%, os vereadores ainda legalizaram o recolhimento ilegal que vem sendo feito desde março pelo atual governo.

Passadas as eleições municipais e sem a necessidade de implorar pelos votos dos servidores municipais, os vereadores da atual legislatura não fizeram cerimônia e votaram contra suas próprias decisões. Se no dia 7 de outubro a alíquota progressiva foi aprovada por unanimidade, os mesmos vereadores que votaram “sim”, na reunião desta segunda-feira votaram pelo “não”. Apenas os vereadores Renato Ferreira (PSDB), Roger Viegas (Republicano) e Carlos Eduardo (Republicano) mantiveram a coerência e votaram pela derrubada do veto. Houve uma abstenção, a do vereador Adair Otaviano (MDB). Já os demais 12 vereadores presentes na sessão, incluindo a vice-prefeita eleita, votaram pela manutenção do veto.

Além de votarem contra suas próprias decisões, os vereadores também contrariam o parecer da Comissão Especial, nomeada para analisar o veto. Formada pelos vereadores Ademir Silva (MDB), Eduardo Print Júnior (PSDB) – ambos reeleitos – e Zé Luíz da Farmácia (PMN), que não disputou a reeleição, a Comissão opinou pela rejeição do veto. Os três vereadores integrantes da Comissão mostraram sua incoerência pela segunda vez na mesma sessão, já que assinaram relatório pela rejeição, porém votaram a favor do veto.

Além dos três integrantes da Comissão especial, também votaram pela manutenção do veto os seguintes vereadores: César Tarzan (PSDB), Delano Santiago (MDB), Edson Sousa (CDN), Eduardo Print Júnior (PSDB), Janete Aparecida (PSC), Josafá Anderson (CDN), Marcos Vinícius, Matheus Costa, Nego do Buriti (PSD) e Raimundo Nonato (Avante). No dia 7 de outubro, todos esses vereadores votaram a favor da alíquota progressiva.

A NOVA E A VELHA POLÍTICA

A sessão extraordinária da Câmara realizada nesta segunda-feira, deixou bem claro que a opção feita pelo eleitor divinopolitano na esperança de uma nova política ao eleger a chapa Gleidson Azevedo/Janete Silva para administrar o município a partir de janeiro de 2021 não atingiu seus objetivos. A velha política vai continuar imperando em Divinópolis, mesmo mudando os nomes dos que estiverem eventualmente no poder.

Ficou muito claro que os vereadores, com três raríssimas exceções, só votaram pela alíquota progressiva antes das eleições, na esperança de uma barganha com o voto dos servidores no pleito de 15 de novembro. Poucos dias após o pleito, vencedores e derrotados, mostraram que a velha política é dominante e foram contra a alíquota progressiva, votando pela manutenção do veto em acordo com os interesses do futuro prefeito.

A vice-prefeita eleita, Janete Aparecida (PSC), que ainda cumpre mandato na Câmara, foi a única a dar explicações na reunião desta segunda-feira, que começou com um atraso de quase uma hora. Nesse período, os vereadores ficaram em reunião fechada no chamado “plenarinho” e só entraram no plenário para iniciar a sessão às 9h55. A seção estava marcada para 9h.

Na votação do veto, a vereadora Janete Aparecida deu uma explicação totalmente desnecessária e que expôs com clareza qual foi o teor da reunião fechada. “Antes de mais nada, quero dizer que nós não combinamos nada, não houve combinação de voto, na reunião que fizemos no plenarinho”, disse ela.

Logo a seguir a vereadora explicou porque seu voto foi a favor da manutenção do veto: “Quando nós aprovamos a alíquota não observamos que isso vai dar um grande prejuízo para o próximo governo, do qual eu faço parte. Vamos ter que fazer reposição aos servidores [alusão à devolução da cobrança ilegal de 14% desde março]. E isso vai dar muito prejuízo. Teríamos muitas dificuldades. Por isso voto a favor do veto”, disse ela.

A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram) representada pela presidente Luciana Santos, o vice-presidente Wellington Silva e pelos diretores Wantuil Alves, Demetrio Bento e Antônio Leonardo, acompanhou toda a reunião. A diretoria do Sindicato pediu uma reunião com os vereadores antes da votação do veto, mas a solicitação foi negada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Kaboja (PSD).

Para o vice-presidente do Sintram, Wellington Silva, a velha política continuará na cidade pelos próximos anos. “O posicionamento da vice-prefeita confirmou que a velha política continuará sendo praticada na Prefeitura de Divinópolis. Infelizmente o que nós vimos na Câmara foi uma demonstração de que nada mudou e dificilmente vai mudar. Vereadores que alternam seus votos entre o sim e o não de acordo com as situações e os interesses que são diferentes em cada momento. Se antes da eleição de novembro o interesse era agradar o servidor, o interesse agora era agradar a futura administração, que sem dúvida foi quem articulou pela manutenção do veto”, disse Wellington Silva.

A presidente do Sintram, Luciana Santos, lamentou as duras derrotas impostas aos servidores. “Nós confiávamos no bom senso dos vereadores e principalmente na palavra de cada um. O voto dado a favor da alíquota progressiva, no nosso entendimento, seria mais forte do que qualquer palavra. Infelizmente aquele voto não teve o menor valor. Lamentavelmente o prejuízo para os servidores será imensurável. Mais grave ainda é que esse prejuízo atingirá principalmente quem ganha menos. Foram duas derrotas numa única sessão, com a derrubada da alíquota progressiva e a legalização da absurda cobrança de 14% que vem sendo feita desde março”, afirmou Luciana Santos.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram

 

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comentários

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  1. Anônimo disse:

    Eh foda ver que os funcionários públicos ou SERVIDORES públicos, que esquecem que servem em primeiro a população, que se escondem atrás do tal do desacato ao servidor público, e ainda tem seu egocentrismo e hipocrisia, acham ruim o descontinho da na folha de pagamento, ahh vão é trabalhar direito, paguem seus impostos, ja são cheios dos benefícios, deviam e poder serem demitidos por incompetência, concurso público so serve pra deitar na mamata do funcionalismo, nunca vi ninguém falar que faz concurso pra trabalhar pra crescer, pra fazer um bom trabalho, construir uma boa carreira, não sempre e para ter estabilidade, pra ganhar bem, pra não trabalhar final de semana, sempre por causa das regalias, pra deitar e rolar, e uma verdadeira corja esse funcionalismo público, que tal em vez de reclamar não vem pra iniciativa privada, recolher os 14% de inss e demais impostos, um bando de reclamações com bucho cheio.

  2. Márcio Antônio.. disse:

    Esperar o que,da nova administração?? Nada bom, porque quem já pensa em colocar o Thiago Nunes, na Chefia de Administração, é só coisa Ruim, que podemos esperar,,DEVOLVA MEU VOTO,, THIAGO NUNES, NÃO..

  3. Maria Lúcia Martins disse:

    E´um absurdo no ano que não tivemos aumento do anuênio, a cobrança da Diviprev ser aumentada. É abusivo e falta de respeito com o servidor. Cadê os advogados do Sintram para reivindicar nossos direitos?

  4. Zé Dirceu disse:

    Ridículo essa matéria, como tudo nesse blog é ridículo. Jornalistas vendidos.

  5. José Raimundo disse:

    Vagabundos

  6. Tadeu disse:

    Muito prematuro tanta critica a um governo que nem começou.

  7. Belzontina disse:

    Isso é bem feito pra população que votou nessa nova administração. É bom pra eles aprenderem a ficar por aí com grito de guerra “Nós ou Eles”. É tudo farinha do mesmo saco. Igual eles mudaram o discurso de tirar a COPASA da cidade já na segunda-feira dia 16/11 em entrevistas dizendo que vão é revisar o contrato, igualzinho os outros candidatos já tinham explicado pra eles no debate e eles não admitiam. Tudo marketing pra ganhar voto. BEM FEITO DIVINÓPOLIS.

  8. Maria Clara disse:

    Depois da notícia que a Janete vai continuar com o Bruno do CPD não espero mais nada. Procura saber sobre o App Janete, mais de 100 mil em serviços que a prefeitura deveria executar.

  9. JAIR SOARES disse:

    SEM PROBLEMA,BASTA O SINTRAM ENTRAR NA JUSTIÇA CONTRA A CÂMARA MUNICIPAL,VEREADOES E EXECUTIVO MUNICIPAL!!!DEIXEM PRO MINISTÉRIO PÚBLICO RESOLVER A BAGUNÇA DOS ENVOLVIDOS DANDO NOME AOS BOIS NO FINAL PRA POPULAÇÃO DAR UMA RESPOSTA JÁ EM 2022 ,QUANDO VÁRIOS DOS ENVOLVIDOS PLANEJAM SER CANDIDATOS À DEPUTADOS FEDERAIS E ESTADUAIS!!!!!!

  10. Lincon disse:

    Está Janete tá se achando…. traiu os servidores já tem muita gente arrependida de ter votado neles… tomara que seja só 4 anos e eles passem rápido!

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